A Câmara de Manteigas está a promover uma petição contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do concelho, dirigida ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao presidente da Assembleia da República. O documento, disponível no site do município, será também remetido à Ministra da Saúde, Ana Jorge. No abaixo-assinado, os mais de 200 subscritores pedem ao Governo «a manutenção da actual situação», argumentando para isso «razões de segurança física e psicológica, acessibilidades, estrutura sócio-demográfica e impacto social de tal medida». No texto da petição lê-se que o SAP é «o único ponto de apoio na doença súbita a que recorrem os munícipes e visitantes do concelho», para além de Manteigas ser um local «periférico» relativamente aos hospitais de referência na Guarda e na Covilhã, ambos «a cerca de 50 minutos» de distância. «Este lapso de tempo pode significar, perante uma situação de emergência médica, a diferença entre a vida e a morte de qualquer cidadão», argumentam os subscritores, para quem «as acessibilidades às referidas unidades hospitalares são francamente más». De resto, diz o documento, «20 por cento da população do concelho tem mais de 70 anos» e os meios humanos da corporação de bombeiros voluntários «são diminutos». Os peticionários recordam, por outro lado, que Manteigas «albergará em breve um Centro de Alto Rendimento nas Penhas Douradas e a falta de um SAP afastará os visitantes e praticantes por falta de garantia de atendimentos nos serviços de saúde locais», sustenta o documento. «O encerramento do SAP significa mais interiorização e uma machadada nos esforços dos agentes públicos e privados para que o concelho se mantenha como o de “melhor qualidade de vida”, capaz de se impor como de forte atracção turística», concluem os subscritores.
