As obras da tão desejada variante Norte/Sul da Covilhã – também designada por Periférica – deverão arrancar ainda este ano. Esta é pelo menos a pretensão da Câmara da Covilhã, depois do Ministério do Ambiente ter aprovado o projecto de construção da via que vai descongestionar todo o trânsito da zona central da cidade em direcção à Serra da Estrela.
A nova via de ligação da cidade terá quatro faixas de rodagem e oito quilómetros de extensão, abrangendo o Parque Industrial do Canhoso, o centro da freguesia de Cantar Galo, a zona do Sineiro e o Bairro da Biquinha. A estrada termina no Parque Florestal, a caminho da Serra da Estrela, atravessando-o até à estrada de Santo António e a Ponte do Rato. É o traçado que «causará menos impactes ambientais», salienta Alçada Rosa, presidente em exercício na Câmara da Covilhã, uma vez que haverá menos obras de arte. Ao Ministério do Ambiente foram apresentadas duas soluções, sendo que a proposta rejeitada foi a que mais obras de arte e viadutos propunha. Seja como for, Alçada Rosa diz estar bastante satisfeito com a aprovação do projecto: «É uma enorme mais-valia», garante, considerando a periférica «fundamental» para descongestionar o trânsito da zona do Pelourinho e permitir «mais conforto aos automobilistas que se dirigem para o maciço central».
Para além disso, a solução escolhida irá permitir a «recuperação de alguns edifícios degradados» na zona do Sineiro, bem como a requalificação do centro histórico da Covilhã ao reduzir consideravelmente o tráfego naquela zona. Apesar de não apontar custos da obra, que está ainda dependente de contratos-programa com o Governo, Alçada Rosa estima que a via possa estar pronta para o próximo ano.
