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Com os principais candidatos já definidos à tão cobiçada autarquia da Guarda, faltando ainda saber quem serão os escolhidos do MRPP e Bloco de Esquerda, o que irá perfazer 7 candidaturas, começou a cidade a ser inundada de cartazes, de apostas e de sondagens.

Quanto aos cartazes, incluindo aquele que diz “Guarda com futuro” e que, em análise semiótica, apenas nos deixa expectantes, as apostas vão para a constituição das listas, na fixação dos mesmos ou na descoberta de novos atores. Relativamente às sondagens é interessante perceber quem as encomenda, quem as faz, como são feitas, como são interpretadas e, como é natural, conhecem-se, até ao momento, uma mão cheia, que atribuem três vitórias: ao candidato Virgílio Bento, ao PS e ao PSD.

Assim, como observador atento, desperto e interessado, fui tentar perceber como funciona todo este processo e também eu fiz questão de realizar o meu próprio estudo, socorrendo-me de amigos e pessoas próximas que partilham opiniões e pontos de vista diferentes e que são fiéis votantes de determinado partido da área do poder: 8 pessoas identificadas com o CDS, 8 com o PSD, 8 com o PS e 8 eleitores considerados flutuantes (os tais que decidem eleições). O resultado que obtive foi o seguinte: das 8 pessoas do CDS, 5 mantêm-se fiéis e 3 não irão votar na coligação. Das 8 pessoas do PSD, 3 mantêm o voto e 5 não votarão na aposta alaranjada. O PS assegura 5 votos e conta com 3 fugas. Já o eleitorado flutuante terá este comportamento: 4 votam no PS; 4 poderão votar em Virgílio Bento, não recolhendo a coligação de direita qualquer intenção de voto. Argumentos utilizados: No CDS uma pessoa não concorda com a coligação e duas distanciam-se porque, segundo afirmam, «é preciso castigar estes indivíduos», não referindo contudo se transferem ou modificam o voto. O PSD é aquele que mais sofre, tendo a ver com o candidato escolhido e com a revolta que sentem por aquilo que consideram a traição de Passos e Cª. Desde o abandono, ao rasgar do cartão, à praga vernácula, raiando o insulto (estão mesmo muito zangados), 3 votarão nulo e 2 num candidato independente. O PS assegura a maioria, mas 3 votos vão direitinhos para Virgílio Bento. Quanto aos 8 eleitores que votam alternadamente nos dois maiores partidos, desta vez não entregam qualquer voto ao PSD. Os argumentos são, em tudo, idênticos aos utilizados pelos votantes social-democratas.

Resumindo e concluído:

Como facilmente se percebe, este mero exercício, que não é, nem pode ser considerado sondagem, não tem qualquer rigor científico, realizado a título informativo, fiz apenas questão de o partilhar, deixando assim à consideração de todos e de cada um, a liberdade de fazer ou fazerem a leitura ou as leituras tidas e achadas por convenientes. Pela parte que me diz respeito, chego a esta conclusão: As autárquicas de 2013 estão transformadas em autêntico teste político ao (des)governo de Passos e Cª e as lógicas partidárias já não são o que eram. Resta-nos apenas aguardar e já nem é preciso esperar muito.

Por: Albino Bárbara

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