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Pensamento único?

Mitocôndrias e Quasares

A ausência de um acordo sério na Cimeira de Copenhaga para a redução da emissão de gases de efeito de estufa, em especial do dióxido de carbono, é um dos acontecimentos mais negativos do ano.

Quando era de vital importância enviar um sinal por parte da comunidade internacional para a sensibilização das questões ambientais, os lideres mundiais, divididos em dois grandes blocos, não o conseguir realizar procurando responsabilizar cada bloco o outro lado. Mas será que esta redução é significativa para a redução do aquecimento global? Como veremos mais adiante talvez não, contudo era um forte sinal, para esta e para gerações futuras, para se promover a alteração de uma visão antropocêntrica do planeta Terra. Quero com isto referir que se perdeu uma oportunidade de alterar uma visão de “objecto” relativamente à Terra, da qual nos podemos servir indiscriminadamente para o nosso bem-estar, para o visão onde o Homem e a Terra são igualmente importantes. Mas respondendo à questão anterior, segundo alguns cientistas existe uma forte possibilidade de um outro elemento exterior à Terra ser também responsável pelo aquecimento global: o Sol. Confuso? Vamos reflectir sobre esta ideia.

Os astrónomos sabem que as manchas solares correspondem a zonas de campos magnéticos muito intensos na superfície do Sol. A libertação súbita da energia magnética no Sol durante fenómenos chamados fulgurações, produz grandes quantidades de partículas carregadas electricamente que são lançadas no espaço a velocidades próximas da velocidade da luz. Pode também ocasionar ejecções de matéria, em que grandes nuvens de gás electrificado são expelidas pelo Sol a velocidades que podem atingir os 6 milhões de quilómetros por hora. Com os resultados de vários estudos sobre as manchas solares descobriu-se que a actividade magnética do Sol apresenta uma periodicidade de 11 anos.Essa actividade magnética, visível à superfície do Sol, projecta-se pelo espaço circundante atingindo os planetas terrestres, pelo menos até Júpiter.

Um caso conhecido da influência da actividade solar na alteração climática da Terra é o Mínimo de Maunder, um período de 70 anos, de 1645 a 1715, no qual a actividade de manchas solares virtualmente diminuiu. Esta diminuição foi acompanhada na Terra por uma drástica redução da temperatura. Em todo o continente Europeu e América do Norte, registaram-se temperaturas muito baixas e o rio Tamisa, em Londres, esteve mesmo congelado sendo possível ser atravessado a pé.

Mas a influência da actividade magnética solar no clima terrestre não se limita à influência na temperatura global do globo. O Sol emite raios cósmicos que variam ao longo do tempo, esta variabilidade do fluxo de raios cósmicos que atinge a Terra, que é modulada pela actividade solar, parece também afectar o clima, designadamente através da variação do grau de ionização da atmosfera e de consequente formação de nuvens, que entre funções, irão influenciar fortemente a quantidade de luz solar que é absorvida na atmosfera. Todos estes fenómenos de interacção entre o Sol e a Terra, com reconhecida periódica ou incerta variabilidade e, alguns deles, com elevada amplitude, contribuirão certamente para a variabilidade do clima no nosso planeta.

Fica assim demonstrado que ainda há muito para aprender acerca das tão faladas “alterações climáticas”, não existindo um “pensamento único” acerca deste fenómeno, apesar das linhas informativas dos órgãos de comunicação social referirem todas das mesmos conceitos, contudo não deixa de ser fundamental uma alteração de mentalidade acerca do nosso planeta.

Por: António Costa

Pensamento único?

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