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Pelos percursos sinuosos da EN16 e EN18

Percorrer estas vias significa fazer menos quilómetros, mas demorar mais tempo

Se no futuro um condutor quiser atravessar a região sem entrar na A25 e A23, para evitar pagar portagens, terá de circular pela EN 16 e EN 18, onde encontrará troços degradados, curvas acentuadas e várias localidades. Fizemos o percurso entre a Covilhã e Fornos de Algodres por auto-estrada e, no regresso, viajámos por aquelas estradas nacionais. Optar pelas EN 16 e EN 18 significa demorar pelo menos mais 25 minutos – só possível se não houver trânsito, o que nessa altura será difícil, e nem condições climatéricas adversas. Caso contrário, o tempo de viagem aumentará.

A nossa viagem pela A23 e depois pela A25 entre o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), o ponto de partida na Covilhã, e a entrada da vila de Fornos de Algodres representa uma distância de 86,2 quilómetros e faz-se em cerca de 55 minutos. Na A23 o percurso pode ser feito quase sempre a 120 quilómetros por hora, com excepção dos dois túneis já perto da Guarda, enquanto que na A25 o limite de velocidade é, na maioria, de 100 quilómetros por hora. Isto porque nesta via, construída sobre parte do IP5, só é permitido andar a 120 depois de Celorico da Beira e ao longo de pouco mais de um quilómetro. Fazer a viagem de regresso pela vias nacionais é bem diferente, representando um maior desgaste das viaturas e também um maior consumo de combustível. Logo no início da viagem surge um dos maiores obstáculos: a ligação entre Fornos de Algodres e Celorico da Beira, que é a que está mais degradada de todo o trajecto. Depois da passagem por Fornos-Gare, Ponte de Juncais e Catraia de Ponte de Juncais, o condutor encontra uma EN 16 em mau estado, com piso irregular, cheia de buracos e mal sinalizada, para além de muitas curvas.

A via só melhora já depois da passagem por Vila Boa do Mondego, a uns dois quilómetros de Celorico da Beira, que o condutor terá de atravessar para poder seguir viagem. São 12 quilómetros de distância entre Fornos de Algodres e Celorico da Beira. A partir daqui e até à Guarda o piso da EN 16 até é bom, mas implica a passagem por várias localidades, o que requer uma condução atenta aos limites de velocidade para não fazer disparar os semáforos. Passa-se pela Ratoeira, Lageosa do Mondego, Vila Cortês do Mondego – no concelho da Guarda, 22 quilómetros após a partida – e Porto da Carne, numa rodovia que, a partir daqui, se torna mais sinuosa. Há curvas em que a velocidade recomendada chega a ser de 30 e há várias de 40, 50 e 60. Até à Guarda é sempre a subir, atravessando as aldeias de Chãos, Prado e Cubo. Já na capital de distrito, há que ir até à rotunda do “G” para apanhar a EN 18.

No caso do percurso entre a Guarda e a Covilhã pela EN 18, existem vários troços onde se pode ir a 90 quilómetros por hora e até arriscar uma circulação acima do limite de velocidade. Porém, há também várias curvas acentuadas e localidades a atravessar. São elas Santa Cruz, Vendas da Vela, Gaia, Ginjal e Orjais. A distância entre Fornos de Algodres e a Covilhã pelas estradas nacionais é de 78,5 quilómetros. Apesar de serem menos 7,7 quilómetros do que o percurso em auto-estrada, dificilmente poderá demorar-se menos de 25 minutos. Na nossa viagem, realizada no passo domingo ao final da tarde, encontrámos muito pouco trânsito, ao ponto de não termos efectuado qualquer ultrapassagem e de não termos sido também ultrapassados.

Actualmente há pouco trânsito nas nacionais

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