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Pelo desenvolvimento de Cantar Galo*

Foram três tomadas de posse, uma tentativa não conseguida e quatro meses e meio perdidos para encontrarem uma solução polémica, mantendo-se a incógnita de saber qual delas a legal. Mas com ou sem legalidades, a Junta tomou posse: espera-se estabilidade, decisões acertadas e que sejam capazes de explicar publicamente – porque o sr. presidente fez parte da Junta cessante – se o projecto das obras na Ponte de Cantar Galo, inauguradas a 10 Setembro de 2005, foi bem pensado.

É com muita tristeza que manifesto a minha indignação pelo facto de terem tapado o símbolo da freguesia, que faz parte da nossa bandeira. Com certeza que não foi o técnico do estudo da área envolvente à Ponte Mártir-in-Colo. Porque não convidaram o mesmo técnico a tapar-nos o Brasão e a Pedra do Urso? Trata-se de uma ponte histórica, construída em granito com a sua abóbada bela, agora escondida por uma caixa em betão, um autêntico mamarracho, visto a jusante da ribeira. Apesar deste “atentado”, porque é que o bar ainda não foi ocupado? Foi na inauguração que o presidente Carlos Pinto fez algumas promessas. Será que a nova Junta de Freguesia se vai entender para as não deixar cair no esquecimento? É de suspeitar com a conturbada tomada de posse. Uma nova sede para a Junta, piscinas e o pagamento de metade da construção de uma nova Igreja foram as promessas deixadas. Era importante que esta Junta chamasse a Comissão da Fábrica da Igreja e tornasse público quais os passos dados para não deixar escapar tão preciosa promessa.

Esta freguesia apanhou o comboio em 30 de Junho de 1989: foi árduo e gratuito esse trabalho. Os benefícios conseguidos já foram muitos, mas não se podem agroa dar ao luxo de entrarem em guerras de “camisolas”, defendendo tachos e esquecerem os problemas concretos. É que para além das promessas do presidente da Câmara, há que pensar numa ligação rodoviária, urgente, do Lameirão aos Alagoeiros e Escola de S. Domingos. (…) Não faz sentido que as crianças do Lameirão tenham que ir a pé para a escola, atravessando quintas e matos com a sua segurança ameaçada. Precisa-se também de um polidesportivo, um cemitério, entre outros equipamentos. Por isso é que esta Junta, ou as vindouras, não podem perder tempo desta maneira. Sabem que a nossa freguesia ocupou o sexto lugar no concelho da Covilhã e o oitavo no distrito de Castelo Branco em número de eleitores nas últimas legislativas? Então este povo não precisa de condições? Vamos ao trabalho! Já agora, alguém sabe explicar se o traçado da periférica à cidade, com passagem por Cantar Galo, traz algum benefício à freguesia? Inconvenientes já conheço alguns. Gostava imenso de lhes dar os parabéns no fim do mandato.

José Afonso Santarém, um dos fundadores da freguesia de Cantar Galo

* título da responsabilidade da redacção

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