O cineasta Pier Paolo Pasolini e o compositor Johann Sebastian Bach inspiraram um cine concerto ao pianista Pedro Burmester, que atua sábado no TMG (21h30) e na noite seguinte no auditório municipal de Vila Nova de Foz Côa. Os espetáculos acontecem no âmbito do CineCôa, que termina no domingo na cidade duriense.
O concerto “Burmester.Pasolini.Bach” é uma homenagem ao realizador italiano, cuja filmografia ficou marcada pela polémica, revisitado através das obras daquele que é considerado um dos maiores compositores de todos os tempos. Curiosamente, o sagrado – Deus era a principal fonte de inspiração de Bach – e o profano – Pasolini era um crítico acérrimo da Igreja católica e da sua influência na vida social e política italiana – voltam a encontrar-se nesta criação de Pedro Burmester. Nascido no Porto, o pianista foi aluno de Helena Costa, tendo terminado o Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto com 20 valores em 1981. Posteriormente, deslocou-se aos Estados Unidos onde trabalhou entre 1983 e 1987 com Sequeira Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno. Iniciou a sua atividade concertística aos 10 anos e desde então já realizou mais de 1000 concertos a solo, com orquestra e em diversas formações de música de câmara, em Portugal e no estrangeiro.
Gravou uma dezena de discos, sendo que a sua discografia inclui quatro álbuns a solo com obras de Bach, Schumann, Schubert e Chopin, um em duo com Mário Laginha e três gravações com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1999 gravou as dez sonatas para violino e piano de Beethoven com o violinista Gerardo Ribeiro. Em 2007, juntamente com Bernardo Sassetti e Mário Laginha, editou o CD e DVD “3 Pianos”, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém. Foi diretor artístico e de educação na Casa da Música, projeto que ajudou a criar e a implementar. Atualmente, é ainda professor na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) no Porto, na Escola Profissional de Música de Espinho e na Universidade de Aveiro.
