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PCP quer explicações sobre a Águas da Covilhã

Carlos Pinto desafiado a esclarecer publicamente a alienação de 49 por cento do capital da empresa municipal

O PCP desafiou o presidente da Câmara da Covilhã a prestar explicações públicas sobre a alienação de 49 por centro da empresa municipal Águas da Covilhã (AdC). Em comunicado divulgado na última terça-feira, os comunistas interrogam-se: «Se a situação financeira da AdC é tão saudável como tem afirmado, para quê vender? Quais são os contornos do negócio?».

Por isso, o PCP já anunciou que vai votar contra a alienação na próxima reunião da Assembleia Municipal da Covilhã, a realizar em Setembro. A proposta, aprovada pela maioria PSD na Câmara, deverá também recolher os votos a favor da bancada social-democrata naquele órgão. No comunicado, o PCP manifesta o receio de que a alienação parcial da empresa resulte em novos aumentos dos preços e que a receita obtida com a venda acabe por «não resolver os problemas das populações do concelho» em termos de abastecimento e saneamento. Segundo os comunistas, há 13 anos «os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) tinham um vasto património e capacidade financeira. Com a gestão ruinosa do PSD e do actual presidente, Carlos Pinto, os SMAS foram descapitalizados, o património alienou-se e aumentaram as dívidas à banca e a fornecedores», acusam.

Em 2005, o passivo dos SMAS (agora AdC) «ascendeu a quase 14,2 milhões de euros e os compromissos assumidos por pagar, por exemplo, a fornecedores, totalizava 15 milhões de euros», contabilizou Jorge Fael, citando o último relatório de contas. A alienação da AdC foi anunciada no início de Agosto pelo presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, e vai ser sujeita a concurso, numa operação que deverá render cerca de 40 milhões de euros aos cofres do município, anunciou o autarca.

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