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PCP diz que fecho de escolas é «duro golpe» para o interior

Decisão do Governo «agravará a desertificação», antevêem os comunistas

A Direcção da Organização Regional (DORG) da Guarda do PCP considera, em nota enviada às redacções, que a decisão do Governo de encerrar as escolas com menos de 21 alunos constitui «um duro golpe» para o distrito, que «agravará as injustiças, a desertificação e promoverá o isolamento do interior».

A confirmar-se o encerramento de 54 escolas, a decisão «acarretará maiores sacrifícios para as crianças, muitas delas já deslocadas doutras escolas que em anos anteriores encerraram», lê-se no comunicado. O PCP refere que a medida levará ainda «a novas responsabilidades para os municípios que já dificilmente conseguem assumir as actuais», prevendo um aumento do desemprego entre docentes e pessoal não docente. «Estas medidas injustas, cegas e penalizadoras para as populações e crianças mais desfavorecidas servem apenas para manter intactos alguns dos grandes interesses financeiros», dizem os comunistas. O PCP entende que «é uma decisão de cariz economicista e antidemocrática», defendendo que «o reordenamento da rede escolar não pode resultar de medidas impostas centralmente, de forma cega e sem ter em conta as realidades, especificidades e necessidades concretas de cada concelho».

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