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PCP alerta para «agravamento sistemático» das condições de vida

Comunistas reuniram na Guarda para debater a situação política e social do distrito

A Direcção da Organização Regional da Guarda (DORG) do PCP debateu, no último domingo, a situação política e social do distrito. E as conclusões dos comunistas não podiam ser mais negativas: «A situação económica e social continua num processo de agravamento sistemático com o definhamento do tecido produtivo industrial e agrícola», criticam, numa alusão ao recente encerramento de empresas como a Efilã, a Jopilã, para além da Beiralã, «em processo de encerramento», e da Sepol, «que entrou em processo de insolvência».

Os concelhos de Guarda e Almeida não fugiram à discussão, por causa dos despedimentos dos trabalhadores dos postos de combustíveis. Uma consequência, garante o PCP, «da política da alta de preços imposta pelas petrolíferas com o beneplácito do Governo PS». No que diz respeito à agricultura, «o sector vinícola da região e os seus agricultores atravessam situações dramáticas de dificuldades económicas decorrentes de sucessivos anos de rendimentos negativos, sendo o distrito da Guarda aquele que apresentou mais pedidos compensatórios de ajuda para arranque da vinha», lê-se no comunicado final. Os comunistas denunciaram ainda a actual política do Governo, por assistir ao «desmoronar» do aparelho produtivo na indústria e na agricultura «sem tomar nenhuma medida, insensível ao desastre e percorrendo o interior a anunciar o “país das maravilhas”».

Na reunião foram também analisados os números mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao ano de 2007, que revelam os concelhos do distrito onde as taxas de mortalidade ultrapassam mais do dobro da taxa de natalidade. «Estes dados, muito superiores à média nacional, são preocupantes para o futuro desta região onde se perspectiva o desaparecimento de aldeias num futuro não muito longínquo», diz o PCP, que sublinha que este cenário é a consequência «de anos e anos de políticas de direita atrofiantes do desenvolvimento e do bem estar dos trabalhadores e das populações». Outro dos temas em destaque foi a revisão «para pior» do Código do Trabalho e a preparação do XVIII Congresso do Partido, agendado para 29 e 30 de Novembro, no Campo Pequeno, em Lisboa.

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