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Paulo Portas convicto que vai «disputar deputado» com PS

Líder centrista andou pelas ruas da Guarda na última segunda-feira, onde apelou ao voto «duplamente útil» no CDS

Uma concertina e um bombo foi quanto bastou para animar a passagem de Paulo Portas pela Guarda na última segunda-feira. O candidato fez o resto pelas ruas do centro da cidade, distribuindo beijos e cumprimentos, mas também falando de alguns problemas como a subida do IVA e os assaltos. No final, o líder do CDS confidenciou que desta vez será possível eleger um deputado pela Guarda.

«Acho que não só vamos conseguir um bom resultado a nível nacional, como também vamos eleger a nossa deputada na Guarda e eu ficaria felicíssimo se a Emília fosse, depois de Andrade Pereira, uma voz respeitadíssima deste distrito», disse aos jornalistas. Otimista, não hesitou em acrescentar mais um F – «de finalmente» – aos cinco que identificam popularmente a cidade. E pelas suas contas, esse objetivo até parece fácil: «Este círculo elege quatro deputados. O PSD terá sempre os seus dois, pelo que o CDS está a disputar um com o PS», sublinhou, acrescentando ainda que o voto nos centrista tem outra «utilidade», a de levar para a Assembleia da República «gente de trabalho, de qualidade e com responsabilidade. Portanto, objetivamente, o voto no CDS vale duas vezes no distrito da Guarda». O último deputado centrista eleito por este círculo foi Andrade Pereira, em 1985.

Paulo Portas não regateou elogios a Emília Bento, que considerou «uma mulher dinâmica, que não deve nada à política e tem a sua vida feita num concelho muito interior [Aguiar da Beira]». A cabeça-de-lista está também «habituada a trabalhar com empresas e famílias, sabe o que é o endividamento, o crédito e quais as dificuldades de governar um orçamento até ao fim do mês». Além disso, «já sofreu na pele o que é o caciquismo», referiu o presidente do CDS. Por sua vez, a candidata disse estar «muito confiante» na sua eleição e devolveu os elogios, declarando que «temos que aproveitar esta genica [de Paulo Portas] no Governo». Durante a arruada, Paulo Portas cumprimentou um agente da PSP, alguns comerciantes, com quem falou do aumento do IVA e dos assaltos, isto quando entrou numa ourivesaria. «É preciso dar mais autoridade à polícia», disse.

Antes de chegar à sede do distrito, o dirigente centrista visitou a Escola Superior de Turismo e Hotelaria e aproveitou a ocasião para defender a necessidade de «garantir a competitividade fiscal do setor do turismo» para evitar que as pessoas escolham outros destinos. E considerou não ser possível «ter objetivos contraditórios entre a consolidação das contas públicas, o crescimento económico e a redução do endividamento» e «o turismo que reduz o endividamento». Já em Gouveia, ficou a conhecer a Associação de Beneficência Popular, que considerou «um exemplo de eficiência e humanidade», e defendeu «uma abordagem por doença, planos rigorosos, mensuráveis, objetivos, em relação aos quais se possam prestar contas, para as doenças oncológicas, para as doenças crónicas, para as demências, para as doenças raras».

Luis Martins Ângelo Brás animou a arruada e Paulo Portas fez o resto, sem cantar

Paulo Portas convicto que vai «disputar
        deputado» com PS

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