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Paulo de Oliveira a quatro por cento da Nova Penteação

Proposta do empresário reuniu apenas 62,8 por cento dos votos dos credores

A maioria dos credores da Nova Penteação, cerca de 62,8 por cento, aprovaram a proposta apresentada por Paulo de Oliveira na última assembleia. No entanto, até amanhã «tudo está em aberto», sublinha o gestor judicial da empresa, Victor Simões, uma vez que a proposta do empresário não conseguiu reunir os 66,6 por cento (2/3) de votos necessários para ser aprovada imediatamente pelo Tribunal da Covilhã.

«Não sei se deverão vir mais votos e, se vierem, não sei se serão aceites pelo juiz do processo», explica o gestor judicial, pelo que tudo poderá ainda acontecer até ao próximo dia 15, quando terminar o Processo Especial de Recuperação de Empresas (PERE) e será decretada automaticamente a falência da fábrica de lanifícios. «Caso não haja votos favoráveis amanhã, terão que ser apresentadas outras propostas ou as mesmas terão que se submeter de novo a votação», explica Victor Simões, para quem resta apenas «aguardar para ver o que sexta-feira nos dita». A proposta de Paulo de Oliveira ficou assim, na votação por escrito até ao passado dia 19, a 3,8 por cento de ser aprovada automaticamente pelos credores. Recorde-se que na terceira tentativa de viabilização, Paulo de Oliveira propunha a redução dos créditos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (de 1,9 milhões de euros para 217 mil euros), do montante do Fundo de Garantia Social referente aos pagamentos feitos ou a fazer aos trabalhadores para 250 mil euros (no caso de ser superior), e a redução dos demais credores em 89 por cento, com a ressalva de que os 11 por cento devidos serão pagos no prazo de 25 dias após a aprovação da proposta. A dívida ao Estado, de 154 mil euros, será paga «integralmente» no prazo de 25 dias. Contudo, e à semelhança da oferta apresentada anteriormente, a proposta fica «sempre condicionada» a um acordo com os trabalhadores, para os quais o empresário laneiro disponibiliza 1,5 milhões de euros, «acrescidos aos subsídios e apoios a que legalmente tenham direito. Além desta, os credores tinham ainda em cima da mesa a proposta de Aníbal Ramos, ex-administrador da empresa, mas esta solução penas recebeu 1 por cento da votação.

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