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Paula Coutinho assume Escola Superior de Saúde

Constantino Rei sublinhou que foi «a competência profissional e académica da nomeada e não as suas relações familiares» que motivaram a escolha

Sem surpresas, Paula Coutinho, a primeira escolha de Constantino Rei, tomou posse na direcção da Escola Superior de Saúde (ESS) da Guarda na passada sexta-feira. Desde sempre que esta opção tinha sido assumida pelo presidente do Instituto Politécnico (IPG), que apenas foi contrariada pelo Conselho Geral no início de Outubro.

Depois do chumbo, este órgão mandatou Constantino Rei para nomear o responsável da escola, cuja direcção era a única que faltava encontrar. Contudo, os docentes que reuniam condições para o cargo manifestaram-se indisponíveis e até subscreveram um documento de apoio à nomeação da ex-subdirectora da ESS. «Entenderam que esta seria a forma de manifestarem perante o Conselho Geral o seu apoio consensual à pessoa em causa. Além disso, manifestaram ainda o seu desacordo com a eventual nomeação de outro docente do Instituto para ocupar o cargo», revelou o presidente do Instituto poucos dias antes da tomada de posse. Nestas circunstâncias, não restou outra alternativa do que nomear Paula Coutinho, tida como o elo necessário para garantir «a manutenção, absolutamente vital, de um clima de estabilidade institucional, de união e de espírito franco e aberto de colaboração e predisposição para, num cenário de crise como o actual, todos estarmos disponíveis para darmos o máximo em prol do desenvolvimento da instituição», justificou Constantino Rei.

Uma sintonia que o presidente do IPG deixou bem clara na tomada de posse. «Paula Coutinho tinha a confiança total do presidente, hoje tem a confiança total do Instituto e da Escola Superior de Saúde», afirmou, considerando que é nesta área que está o futuro do Politécnico. Escusando-se a falar nas «peripécias» que precederam a nomeação, o responsável fez questão de sublinhar que o que esteve em causa neste processo foi «a competência profissional e académica da nomeada e não as suas relações familiares», numa crítica à comunicação social, à qual pediu «isenção e seriedade». E justificou ainda mais, dizendo que foi o seu trabalho como subdirectora – desde 2008 – que «formou em mim a confiança e a escolha de Paula Coutinho» para o lugar. A própria também passou por cima da polémica das últimas semanas e preferiu assumir o desafio de «transformar a ESS numa escola grande, mas sobretudo num grande escola», tendo nomeado Ermelinda Marques para o cargo de subdirectora.

Entretanto, Constantino Rei revelou que o IPG e a Direcção-Geral do Ministério do Ensino Superior estão a trabalhar «em conjunto» para encontrar a melhor solução «logo que seja possível» quanto às instalações da ESS, que tanto pode passar pela requalificação das actuais, como pela construção de um novo edifício no campus do Politécnico. «A prioridade é dar melhores condições a alunos e professores, porque as actuais inibem o crescimento da escola», considerou. A cerimónia ficou ainda marcada pela forma como o professor Luís Capelo, subdirector da escola entre 1995 e 2001, resolveu manifestar o seu apoio a Paula Coutinho. Em duas folhas A4, o docente escreveu que a direcção deve trabalhar para «servir a ESS e as pessoas» e que as anteriores «só se serviram e lixaram alguns».

Luis Martins Nova directora tem a confiança total do presidente do Politécnico

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