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Patrões do Comércio aceitam aumentar salário mínimo só até 500 euros

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal mostra-se favorável a um aumento do salário mínimo, desde que não ultrapasse os 500 euros.

Uma subida para os 500 euros, em janeiro de 2015 e sem contrapartidas. É nestas condições que a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) concorda com o aumento do salário minimo.

«A CCP sempre mostrou abertura para discutir um aumento do salário mínimo, que consideramos baixo, ao contrário do que a troika pensa», diz ao Expresso o presidente da CCP, João Vieira Lopes.

Esta entidade patronal não colocará obstáculos se a proposta de aumento for discutida entre os parceiros sociais. «Deve ser encerrado o acordo de concertação social que foi feito há vários anos». Já a data de entrada em vigor é justificada com a necessidade que as empresas têm de prever os contratos anuais.

João Vieira Lopes considera que um ordenado de 500 euros será um sinal positivo para os agentes económicos e vai elevar as condições das famílias de baixo rendimento.

Porém, subir o salário mínimo para mais de 500 euros é uma medida que só será aceite englobada num acordo de concertação social maior. «Deve estar indexado, por exemplo, ao crescimento da economia, ao aumento da produtividade».

No domingo, durante o 13º congresso nacional dos trabalhadores sociais-democratas, Passos Coelho assumiu que o Governo está disponível para «trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem que ver com as condições da negociação coletiva».

Passos Coelho e os parceiros sociais reúnem esta quarta-feira para discutir o pós-troika e o tema do salário mínimo deve passar pelo debate. A Confederação Empresarial de Portugal – CIP também já demonstrou abertura para aumentar até aos 500 euros .

O aumento do salário mínimo está congelado desde janeiro de 2011. Em 2006, os parceiros sociais assinaram um acordo, a entrar em vigor em 2007, que estabelecia o aumento do salário mínimo de forma faseada para 500 euros em 2011.

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