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Passos corta 4,8 mil milhões na despesa do Estado

Entre as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro está o despedimento de 30 mil funcionários públicos, o aumento da reforma e a redução de 10 por cento na despesa de todos os ministérios.

O primeiro-ministro anunciou ontem à noite um pacote de medidas de redução da despesa no valor de 4,8 mil milhões de euros até 2015. Entre elas está o despedimento de 30 mil funcionários da Função Pública – por rescisões por mútuo acordo ou por saída do regime que substitui a mobilidade especial – e o aumento da idade da reforma sem penalizações para os 66 anos.

“Falhar agora seria desperdiçar os sacrifícios” disse Passos Coelho, “estamos na recta final desta estratégia”.

“Não iremos aumentar os impostos” tinha afirmado logo no início da sua comunicação ao país. Tal “comprometeria o crescimento”, considerou, antes de elencar as medidas de redução da despesa.

Considerando que “chegou o tempo da segunda fase da reforma do Estado e do sistema de Segurança Social” o primeiro-ministro defendeu que esta é uma reforma que tem em conta os “princípios de igualdade e sustentabilidade”.

Na mesma lógica das recentes declarações de outros membros do Governo, Passos disse querer discutir “com todos” as medidas hoje anunciadas. E afirmou a disponibilidade para as substituir por outras “credíveis” e que garantam o mesmo valor de poupança para os cofres do Estado, posição que reiterou mais tarde.

O primeiro-ministro mais que uma vez comparou Portugal à Irlanda. Não fazer agora o ajustamento seria “um revés inegável para os portugueses” e implicaria perder “esta oportunidade que a Irlanda não vai perder” disse, referindo-se à sétima avaliação da troika – reaberta depois do chumbo do Tribunal Constitucional.

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