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Passos Coelho com a Câmara da Guarda na mira

Líder do PSD defendeu que o município da capital de distrito «pode ser um pólo agregador muito importante» caso venha a ser conquistado pelo PSD

Pedro Passos Coelho acredita que o PSD tem condições para conquistar «finalmente» a Câmara da Guarda nas autárquicas de 2013. O presidente do partido que lidera o Governo e também primeiro-ministro participou na tarde de domingo numa sessão pública com militantes e simpatizantes numa unidade hoteleira da cidade em que também esteve presente o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

O presidente da Distrital da Guarda abriu as hostilidades e defendeu que nas próximas autárquicas, o PSD «tem de ter em todo o distrito os mais capazes e os mais competentes para começar um ciclo novo». Júlio Sarmento reclamou que «se temos um distrito que perdeu população em todos os concelhos, incluindo a própria capital, é porque a Guarda, que devia ser a sua locomotiva, não funcionou e isso tem de ser dito aos socialistas que têm gerido a Câmara da Guarda». O autarca de Trancoso, que não se poderá recandidatar nas próximas eleições no seu concelho e já mostrou disponibilidade para concorrer na capital de distrito, considerou que «se a Guarda tivesse o dobro da população o nosso distrito tinha outra competitividade territorial». «É por isso que no contexto das próximas autárquicas o desafio da Guarda diz respeito a todo o distrito. Temos de ter consciência que queremos vencer porque o que está em causa não são as eleições neste ou naquele concelho, é um território vasto que está mergulhado numa profunda crise financeira e de oportunidades, fazendo com que as pessoas tenham que ir para fora», reforçou.

Passos Coelho reconheceu que as autárquicas são «realmente muito importantes, não só pelo peso que o PSD tem, mas também porque muitos autarcas não vão poder recandidatar-se às respetivas Câmaras». O líder do PSD considerou que o partido «é particularmente afetado por esta regra» e que «existe uma personalização muito grande no mundo autárquico», daí que ao partido, «para ganhar as eleições, dava jeito que não acontecesse nada e escusávamos de ter esta dor de cabeça». Contudo, garantiu que «no PSD não somos movidos apenas por questões pragmáticas, mas também por questões de princípio», daí que se mostre confiante de que «vai ser mais difícil, mas estou convencido que vamos conseguir encontrar bons candidatos às Câmaras e que continuaremos a ser o partido com maior implantação local em Portugal». No caso da Guarda, «como em vários outros distritos do interior e que têm vindo a perder população, isso constitui um desafio ainda maior», vaticinou.

Passos Coelho realçou que a Distrital da Guarda terá «com certeza um desafio muito grande nas próximas autárquicas, mas não deixará de ter o acompanhamento da Comissão Política Nacional», de modo a «colocarmos os melhores de entre nós ao serviço das populações, não numa visão de isolamento mas numa visão alargada, coordenada, articulada uns com os outros e aí evidentemente que o município da Guarda pode ser um pólo agregador muito importante». O primeiro-ministro corroborou as palavras de Júlio Sarmento, segundo o qual «precisamos ter na sede do distrito uma capacidade motora muito mais forte, que saiba dialogar com os restantes concelhos e articular com eles uma estratégia que promova o crescimento económico nesta região e que, de alguma maneira, consiga lutar contra esta tendência dos últimos anos de perda demográfica».

Ricardo Cordeiro

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