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Passeios na minha terra

Começa uma nova temporada. Depois das baterias recarregadas, uns mais outros menos, consoante o descanso e a calma (ou anti-stress) conseguida, eis-nos chegados ao início de mais uma etapa de trabalho. Ainda que apetecesse um pouco mais, (o que é bom é sempre pouco), já estou como o francês, “le métier oblige “. Deixemo-nos pois de lamúrias e mãos e cérebro ao trabalho. Vejamos então o que temos que possa interessar o leitor. Ultimamente tenho aproveitado o tempo (bónus) que o Ministério vem dando aos professores que já têm poiso fixo, por não saber resolver o problema dos destacamentos e das afectações dos professores cujo poiso ainda não é fixo, para explorar um pouco mais a cidade e arredores. Neste tempo de espera com algum sossego vai-se descobrindo aos poucos a cidade, vão-se estabelecendo pontes entre a Guarda de ontem, de hoje e de amanhã. Decido então pegar num conjunto de “impressões” recolhidas nesses passeios e partilhá-las convosco. Como é habitual fazer-se quando as novidades a dar não são as melhores começo por aquelas (pena serem poucas) que me impressionaram pela positiva. Numa incursão ao novo bairro, ainda em construção e situado à direita da estrada que faz o acesso à A23 e A25, reparo na construção do novo Hotel Lusitânia. Desde há uns meses atrás já se notam diferenças. Agora a enquadrar a pista de corrida de manutenção que ladeia o edifício há um campo de futebol de 7, relvado, e uns campos de ténis. Em conversa posterior fico ainda a saber que o Hotel já conta também com um Health-Club e piscina climatizada. Em tão pouco tempo, fazer tanto só pode ser sinal de grande dinamismo. Parece-me ser um equipamento que enriquece o empreendimento mas também a cidade.

Mudança de agulha. Passo agora em passeio descontraído pelo centro da cidade. Junto ao antigo Quartel adivinham-se as obras do futuro centro de artes e espectáculos da Guarda. Ao passar, o portão da obra está aberto e permite-me uma visão do que se vai fazendo. À primeira vista são dois Edifícios enormes, tipo cubo, revestidos a vidro ou outro material sintético. Chama à atenção a volumetria. Será exagerada? Interrogo-me então sobre os equipamentos previstos para esse local. Será que foram contemplados equipamentos destinados ao desporto? Ou serão só edifícios e mais edifícios a encherem a cidade de betão? Se assim for declaro desde já a minha oposição a tal projecto. De qualquer forma não ficaria mal expor o plano da obra em local público. Nova mudança de agulha. Passo agora junto às construções que se vão fazendo do lado de cima do IPG. Os prédios e as vivendas nascem como cogumelos. É uma das zonas da cidade com mais construção. Paro e aproveito para interrogar um dos responsáveis de obra sobre os equipamentos de lazer e de desporto que estão previstos para o local. Entre um encolher de ombros e um franzir de sobrancelhas a resposta é a de que esses equipamentos são da responsabilidade da Câmara e que nada mais sabe sobre o assunto. Olho em redor e parece-me que o espaço no meio de tanta construção já começa a escassear. De volta a casa ouço na rádio uma entrevista a um responsável do novo clube da Guarda, o GFC (Guarda Futebol Clube). Parece que a preparação da equipa para o campeonato da 2ª Divisão Distrital vai decorrendo segundo o previsto mas com um senão. O de não haver um campo para treinar. Problema antigo, penso com os botões. E a Inércia quase absoluta se atendermos às promessas tantas vezes repetidas de recuperar o campo de futebol municipal existente na Quinta do Zambito. Bom, e a mudança de agulha fica para outra altura que já me doem os pés de tanto calcorrear. Até para semana.

Por: Fernando Badana

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