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Passagem de Ano continua a ser de lotação esgotada na Serra da Estrela

Apesar da conjuntura de crise, os hotéis mais caros já não aceitam reservas há várias semanas

Nem a tão propalada crise parece assustar os portugueses na hora de optarem pela Serra da Estrela para passarem o “Réveillon”. A região continua a ser um destino de eleição e os hotéis, principalmente os mais caros, já não têm quartos disponíveis há várias semanas. A poucos dias do Fim de Ano, apenas duas das cerca de 10 unidades da zona, onde a neve é a principal atracção, ainda aceitavam reservas.

Como sucede habitualmente, há algum tempo que os dois hotéis localizados em plena Serra da Estrela, propriedade do grupo Turistrela, estão esgotados, assim como os chalés de montanha, que comportam um máximo de seis pessoas, e estão «completos na sua totalidade desde meados de Outubro» por um custo de mil euros num programa de três noites. No Hotel Serra da Estrela, situado nas Penhas da Saúde, não se aceitam reservas «desde inícios deste mês» e o programa de três noites custa 1.140 euros por quarto duplo, enquanto que o duplo de luxo custa 1.200 euros e a suíte 1.340, indicou Anabela Venâncio, recepcionista da unidade. Também no hotel Varanda dos Carqueijais há pelo menos uma semana que já não era possível efectuar reservas, que tinha um programa de três noites por 1.040 euros num quarto duplo superior, por 1.100 (quarto duplo de luxo) e de 1.280 na suíte.

Também quatro dos cinco hotéis que o Grupo Natura IMB Hotels possui na região estão «completos». O H2otel-Aquadome, em Unhais da Serra, já está lotado «há cerca de um mês e meio», não obstante o programa não ser convidativo para todas as bolsas: 670 euros por pessoa, num pacote de três noites em quarto duplo. Igualmente lotado, «desde o início deste mês», está o Hotel Turismo da Covilhã, que oferece um programa de 325 euros por pessoa num pacote de duas noites, disse Liliana Neves, da central de reservas do grupo. Na cidade, o Covilhã Parque Hotel, que dispõe apenas de «estadia», também está «completo» há algum tempo. Ainda do mesmo grupo, mas já na Guarda, o Lusitânia Parque, que apresenta um pacote de duas noites ao preço de 325 euros por pessoa, está completo «há cerca de três semanas». No caso do Vanguarda, há uma semana que estava a «90 por cento», com a perspectiva de vir «a encher» até ao “Réveillon”, com um programa de 168 euros numa noite.

De regresso à “cidade-neve”, há uma semana atrás o Hotel Tryp D. Maria ainda tinha «alguma disponibilidade», embora «residual» e a unidade estivesse «praticamente completa», apresentando um programa-base de “Réveillon” de quatro dias e três noites pelo preço de 420 euros. O director, Luís Ferreira, salientou até que «existe uma procura superior à do ano passado de aproximadamente 20 por cento». Do outro lado da Serra, o panorama não é diferente. Com um pacote de quatro noites por 254 euros por pessoa em quarto duplo ou de três noites por 214 euros, há cerca de duas semanas que o Hotel Eurosol Seia Camelo estava «completo a 100 por cento». Miguel Camelo, director da unidade, adiantou que a maioria dos clientes é oriunda dos «grandes centros como Lisboa e Porto ou das suas áreas metropolitanas». Também o Eurosol Gouveia já estava com lotação esgotada, apresentando um programa de três dias e duas noites pelo preço de 166 euros por pessoa, em quarto duplo, adiantou Júlia Marques. De todas as unidades contactadas por O INTERIOR há uma semana atrás, o Hotel Príncipe da Beira, no Fundão, era aquele que tinha maior disponibilidade, já que estava reservado a «cerca de 60 por cento», oferecendo um programa de duas noites a 330 euros por pessoa em quarto duplo e de uma noite a 227,5 euros. Contudo, Nuno Paixão, chefe de recepção, mostrou-se convicto que seria possível «chegar aos 100 por cento», até porque «há sempre quem faça marcações à última da hora».

Ricardo Cordeiro A neve é o principal é a principal atracção do “Réveillon” serrano

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