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Partidos e Inteiros

Se o nosso país é tão pequeno – até o mar nos está, pouco a pouco, a comer a terra que pisamos – será necessário termos tantos partidos políticos? São tantos quantas as capitais de distrito e até equipas de futebol da primeira divisão. Muitos têm apenas a certeza de fazer barulho e criar confusões, dar uns passeios e confraternizar com bons almoços e dividir-nos ainda mais dos poucos que somos.

Todos eles devem ter algum ponto que se aproveite. Porque não se juntam e criam um forte partido para competir com os tradicionais? Pois quatro ou cinco são suficientes para dizer sim ou não. Temos apenas um, que é o Monárquico, que deve ser guardado e respeitado para mostrar ao mundo as nossas raízes.

Do primeiro ao último, assistimos a acusações mútuas a dizer que a culpa é dos outros, dando-nos náuseas ao ouvir sempre a mesma ladainha, e a prova real é a abstenção. Ao Povo não lhe interessam os políticos, mas sim o pão para a boca ganho com honestidade, e não pelos maus exemplos a que assistimos diariamente. Herdamos das eleições legislativas as autárquicas, mas aqui tem que haver mais união e vontade de querer mais e melhor “para a nossa casa”.

Isto quer dizer o seguinte: os Presidentes das Câmaras eleitos ou reeleitos são pessoas conhecidas e as suas equipas de trabalho, que não se devem resguardar nas redomas dos gabinetes, e estar aptas a ouvir o Povo quando solicitados (…). Todos nós devemos ajudá-los e dar-lhes força quando forem ao poder central a solicitar algo para a nossa região, mas nunca pedir uma esmola. Ou então estamos na mesma.

António do Nascimento, Guarda

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