A Diocese da Guarda revelou que os seus paroquianos não veem com bons olhos as manifestações de posse de bens materiais de alguns sacerdotes, aos quais pedem também que reforcem a sua espiritualidade.
Estas são as principais conclusões de um inquérito apresentado, em maio, na Assembleia Geral do Clero e que a Diocese divulgou na semana passada via agência Ecclesia. O estudo refere que, «por vezes», falta «simplicidade no modo de viver» dos padres, a quem se pede «espírito de pobreza de tal maneira que, sem faltar o essencial, se evite o supérfluo», refere uma nota do Conselho Presbiteral. Mas esta não é a única apreciação desfavorável ao comportamento dos sacerdotes, que também são criticados pela «desigualdade no tratamento das pessoas», «falta de linguagem compreensiva», ocupação em «muitas tarefas» e, por vezes, «falta de tempo para o atendimento».
Segundo o organismo representativo dos padres, o estudo de opinião revela que os inquiridos desejam que o pároco use «linguagem simples e compreensiva» nas suas homilias, tenha «fé viva e oração intensa», seja «dedicado às causas sociais» e promova as «boas relações humanas». Estas sugestões já mereceram uma reação do Conselho Presbiteral, segundo o qual os padres são sensíveis aos apelos da comunidade «para cultivar o melhor atendimento e proximidade às pessoas».