O Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, localizado no Parque Industrial do Tortosendo, vai ser finalmente inaugurado sábado. A cerimónia está marcada para as 15 horas e provavelmente sem a presença de nenhum membro do Governo, como era esperado pela administração. O desejo de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, era que o primeiro-ministro José Sócrates estivesse presente, mas tal não vai acontecer. Pedro Farromba, director executivo do Parkurbis, revela a “O Interior” que ainda se aguarda pela confirmação da vinda do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.
O Parque de Ciência e Tecnologia vai ser inaugurado com nove empresas, embora ainda possa contar com mais uma até sábado. No leque das já presentes destacam-se as iniciativas ligadas às novas tecnologias e à biotecnologia, passando ainda pela domótica, informática e outras. Entre as confirmadas, a “Stella Polaris” promete revolucionar os sectores da domótica (sistemas inteligentes) e da biotecnologia ambiental ao apostar no desenvolvimento do sistema “FERMAGEB” para tratamento de resíduos com elevada carga orgânica. Além disso, esta empresa aposta na concepção do programa “CERES”, controladores de rega digitais e inteligentes, que sentem a humidade do solo e regam apenas quando necessário. Já a “Bionema”, especializada também em biotecnologia, irá desenvolver produtos de combate a pragas e que permitam o rendimento de produções agrícolas como alternativa ao uso de pesticidas e fertilizantes químicos. Para já, apresenta como produtos a desenvolver os Nemátodos (utilizados como bio-pesticidas, controlo biológico e aproveitamento para as indústrias farmacêuticas e agro-florestal), bem como o Quitosano (acção que activa os mecanismos de defesa das plantas através do estímulo do seu metabolismo secundário).
Na área da domótica está a empresa “Domínio Virtual”, que irá desenvolver soluções orientadas para o conforto, comodidade, segurança e economia da casa. Esta empresa desenvolverá ainda soluções tecnológicas na área das comunicações sem fios (“wireless”) para estabelecimentos comerciais, pequenas e médias empresas e instituições públicas e privadas. Em força estão as empresas ligadas às tecnologias da informação, às quais se dedicarão a “OmniSys”, “Geogen”, “Consispro” e a “Design&Art”. A primeira aposta no desenvolvimento de sistemas informáticos seguros, que têm como base tecnológica o uso de dispositivos assentes em cartões inteligentes (smartcards), enquanto a Geogen terá como base de negócio o desenvolvimento de sistemas de informação geográfica (SIG). Já a Consispro vai trabalhar em aplicações informáticas específicas e de páginas de Internet, enquanto a Design&Art prestará apoio na criação da imagem corporativa dos clientes, design gráfico de publicações e websites. De referir que, como “O Interior” noticiou a 14 de Julho, a sede do Parkurbis é constituída por um auditório, restaurante, área multiusos, salas de reuniões e 11 salas para instalações de empresas com os devidos serviços de apoio. A sua construção foi apoiada em 50 por cento (1,2 milhões de euros) pelo Programa Operacional da Economia (POE).
Rita Lopes
