O Parkurbis afirma, em comunicado, que a inclusão de Abrantes no Parkurbis Medical – agora UBI Medical, após a saída do parque tecnológico da Covilhã e da Câmara – foi uma «intromissão intolerável».
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) apresentou «várias imposições» em todo o processo, mesmo antes da entrada de Abrantes, e a Universidade da Beira Interior (UBI) agiu com «complacência», afirma o Parkurbis. No comunicado, é recordado todo o historial do projecto, com o Parkurbis a sublinhar que o liderou e a criticar a «parceria frágil» em que se transformou o Inovida. As «imposições» foram, segundo o comunicado, a entrada de projectos de Castelo Branco e Guarda e a «exigência» de que teria de haver um plano estratégico desenvolvido com cada uma das universidades e parques tecnológicos da Região Centro (Coimbra, Aveiro e Covilhã). «Foi-nos comunicado de forma oficial pela CCDRC que, para viabilizar verbas a aprovar para a criação do Parkurbis Medical, estaríamos condicionados à inclusão no plano estratégico da Universidade de Coimbra», lê-se na nota, onde é referido que Abrantes surgiu mais tarde «devido a pressões político-partidária» e «empurrada» por Coimbra e Aveiro. «Esta integração vem aumentar a região de implantação da estratégia Inovida», com a parceria a tornar-se «uma mera soma de projectos, sem correspondência com uma verdadeira estratégia de desenvolvimento regional», diz o Parkurbis, constatando que Coimbra viria a receber «quatro vezes mais» que a Covilhã e Aveiro «o dobro». A terminar, o Parkurbis garante que «não deixará de prosseguir o trabalho no domínio da atracção de empresas, também na área da saúde, mantendo a sigla Parkurbis Medical».