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«Parkurbis colocará a Cova da Beira no roteiro do desenvolvimento tecnológico»

Cara a Cara – Entrevista

P-Que contributos a UBI poderá dar ao Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã?

R- Em primeiro lugar, é fundamental nos tempos actuais criar parques de ciência e tecnologia directamente associados às universidades que, na sua estrutura, ministrem licenciaturas nas áreas científicas e tecnológicas, incluindo ciências da saúde, como sucede com a Universidade da Beira Interior, daí que o Parkurbis tenha surgido no momento ideal. Em segundo lugar, a UBI dispõe dos melhores laboratórios de ensino e investigação do país e, inclusivamente, da Europa. Além disso, o seu corpo docente tem vindo a desenvolver investigação de excelência que se tem vindo a traduzir pela criação de protótipos originais que, por sua vez, poderão dar origem à criação de micro-empresas de base científica e tecnológica que se venham a instalar no “campus” do Parkurbis.

P-E o Parkurbis à UBI?

R- Com a instalação gradual das empresas e projectos aderentes, que obedeçam aos requisitos consignados nos estatutos do Parkurbis, irão ser estabelecidos protocolos de cooperação científica e tecnológica entre essas empresas e a UBI para a investigação e desenvolvimento de novos produtos de tecnologia avançada.

P- Já há pelo menos oito empresas a instalarem-se no Parkurbis. Quais as áreas e as vantagens destas empresas para a região?

R-As áreas de actuação vão da informática ao têxtil, passando pela aeronáutica e pelo design industrial. Esta diversificação, que se pretende que seja ainda mais ampla, irá criar mais valias significativas na nossa região, na medida em que permitirá alargar o leque industrial, criando mais emprego e, consequentemente, maior bem-estar social e qualidade de vida. Além disso, colocará a Covilhã e a Cova da Beira no roteiro do desenvolvimento tecnológico sustentado e da criação de saber, atraindo cada vez mais empresas para a região.

P-O que é necessário para atrair mais empresas?

R- Proceder exactamente como sucede actualmente, isto é, divulgando tudo o que de melhor se tem feito para o desenvolvimento da nossa região, como sejam as excelentes condições para investir em termos industriais e turísticos, a qualidade de vida, as acessibilidades e a existência de centros de saber de excelência, como é o caso da UBI.

P- Quando é que o Parkurbis estará a funcionar em velocidade de cruzeiro?

R-O edifício principal estará concluído em meados do corrente ano e, pensamos que o Parkurbis estará a funcionar em pleno ainda durante o segundo semestre de 2005.

P-O que é necessário fazer para atrair mais alunos para as áreas das engenharias, que tem sofrido um decréscimo nos últimos anos?

R- Na minha opinião, a falta de alunos que afecta presentemente as engenharias, de um modo geral, é um fenómeno cíclico, mas também estrutural e conjuntural. Daí que me sinta bastante optimista relativamente às Engenharias. Todavia, no âmbito dos departamentos da Unidade de Engenharias da UBI, tem vindo a ser realizado um esforço enorme de captação de alunos, que terá continuidade, no sentido da sua sensibilização para abraçarem uma carreira prometedora, sem desemprego, bem remunerada, bastante prestigiada e onde as capacidades imaginativas dos engenheiros são constantemente postas à prova para a resolução dos problemas do quotidiano.

P-O Parkurbis poderá ser um “chamariz” para essas áreas?

R- Não tenho a mínima dúvida. É apelativo para a criação futura de empresas, por parte de recém-licenciados, e para a sua fixação na região.

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