O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã associou-se na semana passada à TecParques – Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia. Uma mais-valia que vai permitir «aumentar a credibilidade nacional e internacional» do Parkurbis, realçou Carlos Pinto, destacando tratar-se de uma «espécie de selo de garantia».
Acreditando que a TecParques vai ser um elemento «fundamental» para colaborar no plano estratégico, o autarca aproveitou ainda para destacar o papel que o pólo da “cidade neve” poderá desenvolver nessa discussão, «mas também sobre o futuro dos parques e na tomada de posições sobre os temas associados à região». Além do Parkurbis, a Assembleia-Geral da TecParques admitiu ainda como associados efectivos o TagusValley – Parque de Ciência e Tecnologia do Vale do Tejo (Abrantes), o Parque de Ciência e Tecnologia do Algarve e a BioCant (Cantanhede). «Com estas admissões, temos 12 associados em todo o país», sublinhou Luíz Maltez, presidente da TecParques, que reivindica «uma posição de representatividade nacional», acreditando alargar este número num futuro próximo. A TecParques tem como sócios o Taguspark – onde está sediada -, a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto, o Parque Tecnológico da Mutela (Almada), o Mandan Parque (ligado à Universidade Nova de Lisboa), a Associação do Tecnopólo de Coimbra, a Lispolis (Associação para o Pólo Tecnológico do Lumiar, em Lisboa), o TecMaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia e o Madeira Tecnopólo.
De resto, Luíz Maltez elogiou a estratégia do Parkurbis, nomeadamente pela ligação à universidade e por ter um conselho consultivo e tecnológico com intervenção na escolha de empresas, o que proporciona «maior segurança na selectividade com rigor científico», destacou. Um órgão que só o Taguspark também possui. Durante a cerimónia foi ainda formalizada a adesão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Fundão e dos municípios de Belmonte e Manteigas à sociedade do Parkurbis.
Protocolo com Microsoft em perspectiva
O Parkurbis está a preparar um protocolo com a Microsoft para desenvolver softwares específicos para áreas “chave” desenvolvidas no pólo tecnológico e na UBI. «Para já, está a ser analisado o sector da optometria, mas há outras áreas em estudo, como a indústria e os sectores das florestas e da madeira», adiantou Carlos Pinto. Segundo revelou, trata-se de um protocolo que colocará as empresas do parque em rede com todas as unidades da Microsoft existentes no mundo. Inaugurado em Setembro do ano passado, o Parkurbis acolhe actualmente 14 empresas, havendo mais seis em fase de instalação. Os seus responsáveis deslocam-se ainda este mês a Blumenau e ao Recife (Brasil) para cativar novos investidores.
Liliana Correia
