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Parkurbis aprova instalação da primeira empresa

Sociedade aguarda autorização da Direcção-Geral de Geologia e Energia para se sediar no futuro Parque de Ciências e Tecnologias da Covilhã

O Conselho Científico e Tecnológico (CCT) do Parkurbis – Parque de Ciências e Tecnologias da Covilhã aprovou, por unanimidade, a instalação naquele parque científico de uma empresa tecnológica de aproveitamento das energias renováveis. Esta foi a primeira proposta a ser aceite pelo Conselho Científico, presidido pelo professor catedrático em Engenharia Electrotécnica da Universidade da Beira Interior Carlos Cabrita, sendo que os restantes projectos recebidos pelo Conselho de Administração nos últimos meses deverão ser analisados na próxima semana. A grande maioria provém da UBI e, de acordo com o director executivo do Parkurbis, Pedro Farromba, estão relacionadas com as áreas de especialização da universidade, ou seja, indústrias do ambiente, telecomunicações e tecnologias de informação, tecnologias da saúde, tecnologia dos materiais, aeronáutica e automóvel.

O nome da empresa, que poderá instalar-se no Parkurbis assim que obtiver as autorizações da Direcção-Geral de Geologia e Energia, permanece ainda “no segredo dos deuses” por ainda estar a «dar os primeiros passos», frisou Pedro Farromba, deixando para um futuro «breve» as considerações acerca do projecto. Mas pelo que “O Interior” conseguiu apurar trata-se de uma sociedade da região formada por antigos alunos da UBI. Sem certezas ainda, Carlos Cabrita diz estar optimista quanto à criação desta empresa, tendo em conta as «mais-valias» que a mesma pode aferir ao Parkurbis, à região e à UBI em «investigação e desenvolvimento», para além de «possibilitar a criação de parcerias» com a universidade. Este é, aliás, um dos critérios que tem sido privilegiado pelo Conselho Científico na análise das candidaturas. «Se temos aqui massa cinzenta altamente qualificada e excelente, podemos contribuir para o desenvolvimento de tecnologias e mais-valias», justifica Carlos Cabrita, para quem as empresas também beneficiam por estarem associadas a uma instituição «de qualidade e excelência como é a UBI».

Para além disso, pesa ainda a favor a possibilidade de desenvolverem trabalhos conjuntos de alta tecnologia. «Imagine uma empresa que quer construir um protótipo de uma máquina eléctrica. Com o “know-how” que possuímos da electromecânica, temos capacidade para desenvolver esse protótipo. Por outro lado, podemos também registar patentes e comercializar os protótipos que desenvolvemos através das empresas que se associarem ao Parkurbis», exemplificou o presidente do Conselho Científico e Consultivo. Nesse sentido, apela a que mais empresas «da região ou de fora» apresentem candidaturas para desenvolver ainda mais o interior do país e com vantagens para ambos os lados dada a «ligação directa entre o tecido empresarial existente, as empresas que queiram aderir e a universidade». Um apelo repetido por Pedro Farromba, tendo em conta que o Parkurbis facilita a instalação da empresa «a custo zero» num espaço da Associação de Desenvolvimento Local RUDE até que o edifício-sede esteja concluído no Parque Industrial do Tortosendo, espaço que se prevê estar pronto no Verão de 2005. A obra está a ser construída pela Novopca e vai custar cerca de três milhões de euros. Inclui um auditório, área multiusos, restaurante, salas de reuniões e salas para instalações de empresas com os devidos serviços de apoio. O objectivo do Parkurbis é constituir-se como pólo catalizador do desenvolvimento económico da região, contribuindo para a fixação de empresas de base tecnológica e para o aproveitamento do potencial da oferta da UBI na área de I&D. Mas Carlos Cabrita vê ainda o Parkurbis como um «atractivo de peso» para captar mais alunos para os cursos de investigação, tecnologias e engenharias da universidade.

Liliana Correia

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