O lançamento das instalações do Data Center da PT na Covilhã, como aqui referi, vem estimular-nos um pouco e aliviar a carga negativa que diariamente nos é imposta pelas notícias de mais e mais dificuldades. O arrojo da sua implantação, mesmo considerando que estamos a falar da maior empresa portuguesa, é uma excelente notícia que pressupõe criação de trabalho – 400 empregos diretos e mil indiretos – e que poderá contribuir para mudar o pulsar da Beira Interior. Sim, porque este é um projeto abrangente e que extravasa obviamente a própria Cova da Beira: pode mudar a dinâmica e o desenvolvimento de toda a região. Como alguém comentou, na semana passada no diário “Público”, o Data Center «pode estar para o interior, como a Auto Europa esteve para o país» ou pelo menos para a península de Setúbal (foi lançada em 1991 e, então, eram muitos os que desconfiavam da sua afirmação como grande empregador e mobilizador de desenvolvimento, hoje, é o maior exportador português, grande empregador e criador de riqueza). Quiçá haja algum exagero na afirmação, mas, sem dúvida, há um enorme potencial a desenvolver por este projeto, pela sua dimensão, pelo emprego, pelas caraterísticas do empreendimento e pela percepção que se passa a ter desde fora sobre a região e o seu potencial empresarial.
No seguimento da afirmação nacional da UBI, da emérita exuberância da faculdade de Medicina, a chegada deste projeto é a cereja em cima do bolo para a Covilhã.
Luís Baptista Martins
