Foi com a garantia de «fuga à promessa fácil» que os candidatos do PSD pelo distrito da Guarda às legislativas apresentaram, na última sexta-feira, o seu compromisso eleitoral. O documento assenta em nove pontos e o cabeça-de-lista assegura que os deputados eleitos se «comprometem a não baixar os braços para defender os legítimos interesses e expectativas dos guardenses».
O primeiro ponto defende «soluções que minimizem os custos de competitividade do distrito através de medidas de discriminação positiva e de coesão regional». Outro dos compromissos passa por «potenciar políticas públicas que valorizem e reforcem o desenvolvimento empresarial na agricultura, floresta, energias renováveis, serviços de proximidade e social». Relançar o potencial turístico, visto como «uma espécie de joia, unindo a Serra da Estrela, o rio Douro e as Aldeias Históricas com um programa de identidade do distrito», foi outra das medidas apontadas pelo candidato, para quem, atualmente, o distrito apresenta «várias “ilhas” turísticas» isoladas. O quarto compromisso é «promover políticas públicas de fixação e atração da população que conduzam a uma melhor ocupação do território» de modo a combater a desertificação, enquanto que o quinto é «reforçar a rede viária para favorecer a mobilidade interconcelhia e interdistrital».
O PSD propõe ainda «incentivar programas de certificação e comercialização de produtos endógenos», bem como «desenvolver e valorizar a produção biológica». Os três últimos compromissos são «valorizar e reforçar a rede de economia social e incentivar o empreendedorismo jovem», «articular e reforçar a rede de ensino profissional e superior ao sector empresarial» e «relançar medidas de cooperação transfronteiriça e reforçar as existentes». Uma área que «exige ultrapassar as fronteiras do distrito para resolver os problemas a uma escala nacional», reforçou Manuel Meirinho.
PSD acusa PS de «promiscuidade»
O número dois da lista social-democrata acusou a candidatura do PS de, aproveitando a visita de alguns governantes nos últimos dias, recolher «filmagens que são de atos públicos e institucionais, que têm a ver com o país e o Governo, e que depois, numa promiscuidade profundamente lamentável, são misturadas com o partido porque rodam em todas as redes sociais». Carlos Peixoto exemplificou com a inauguração do Tribunal de Gouveia pelo ministro da Justiça: «A pessoa que estava a fazer filmagens é exatamente a mesma que anda a filmar por todo o lado», sendo que essas imagens «também apareceram nas redes sociais ligadas aos candidatos a deputados pelo PS». O social-democrata considera «lamentável que isto aconteça, porque é uma colagem injusta, ilegítima e abusiva» à inauguração de uma infraestrutura «paga com o dinheiro de todos nós e que aparece nas redes sociais colada a um partido que não é o responsável pela sua construção», criticou.
Ricardo Cordeiro