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Orçamento da CulturGuarda aprovado por unanimidade

Executivo ficou a saber que a empresa municipal que gere o TMG espera obter um resultado líquido positivo de 16 mil euros no final do ano

Pela primeira vez neste mandato, o PSD votou favoravelmente o Plano e Orçamento de uma empresa municipal da Guarda. Trata-se da CulturGuarda, cuja gestão previsional para o corrente ano foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo. A expectativa dos responsáveis pela gestora do TMG é conseguirem, no final de 2007, um resultado líquido positivo de 16 mil euros, enquanto que 2006 terminou com um saldo negativo de mais de 510 mil euros.

«Do ponto de vista técnico, isso parece-nos impossível, pois exige um esforço financeiro e um rigor muito grande, além de um controlo nas actividades não programadas que nos parece difícil de alcançar», disse Ana Manso. Mesmo assim, a vereadora explicou que a posição do PSD pretende ser uma «atitude positiva, mas também um estímulo para melhorar a gestão da CulturGuarda. O futuro dirá se valeu a pena», acrescentou, realçando o aviso deixado pelo Revisor Oficial de Contas, segundo o qual «frequentemente, os acontecimentos futuros não ocorrem da forma esperada». Para Virgílio Bento, atendendo às medidas tomadas em Outubro de 2006, quando Américo Rodrigues assumiu a gestão financeira da empresa municipal, as contas começaram a ficar equilibradas. «Este equilíbrio passa pela redução das despesas e também pelo aumento dos proveitos», disse, revelando que, pelos indicadores do mês de Janeiro, comparando com igual período do ano passado, o espaço já começou a dar lucro. «No global, houve uma redução de despesas de 25 por cento e um aumento de proveitos de 13 por cento», indicou ao executivo. Quanto ao orçamento da CulturGuarda, o vereador e elemento do Conselho de Administração daquela empresa municipal garantiu que o objectivo é «não haver um empolamento de proveitos, mas que seja o mais rigoroso possível».

À margem da reunião, Joaquim Valente revelou aos jornalistas que o Plano de Pormenor da Quinta dos Pelames, onde deverá ser construído o “Guarda Mall”, estará «seguramente pronto» ainda antes do final do ano. O documento deu entrada nos serviços técnicos da autarquia e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRC) já nomeou o técnico que vai fazer o seu acompanhamento. «Trata-se de um processo simples no seu conteúdo, mas moroso nos procedimentos porque há mais do que uma entidade a intervir. No entanto, o planeamento inicial aponta para que, no fim do ano, todas as situações que tenham a ver com o Plano de Pormenor estejam resolvidas para se iniciar obra de intervenção», disse o presidente.

José Gomes pede justiça «célere»

José Gomes espera que «a justiça seja célere e que não se façam julgamentos na praça pública». O director de Estradas de Coimbra escolheu a reunião de Câmara da Guarda, onde é vereador, para falar pela primeira vez da investigação de que está a ser alvo naquele organismo por alegado favorecimento.

O engenheiro tomou a iniciativa de falar no período antes da ordem do dia para dizer que está de «consciência tranquila» e a aguardar «serenamente» os procedimentos legais das autoridades. «Entendi por bem dar esta explicação aos meus colegas da vereação, porque as pessoas conhecem o meu trabalho tanto em termos profissionais, como associativos, e sabem o que tenho feito pelo desenvolvimento da minha cidade e da região», acrescentou a “O Interior”. Face a esta declaração, tanto o presidente da Câmara, o socialista Joaquim Valente, como a líder da oposição, Ana Manso, recusaram comentar o assunto, dizendo apenas confiar na justiça. José Gomes é presidente da mesa do plenário da concelhia local do PSD e, em Junho de 2003, transitou da Direcção de Estradas deste distrito para Coimbra, onde assumiu funções idênticas. É ainda presidente da ADM Estrela – Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos, uma Instituição Particular de Solidariedade Social, fundada em Dezembro de 1989. O director de Estradas de Coimbra estará a ser investigado pela Polícia Judiciária há cerca de meio ano com base, alegadamente, nas denúncias de uma antiga funcionária daquele organismo. Em causa estarão obras de conservação de estradas e na adjudicação de algumas empreitadas. Na última semana os inspectores passaram a pente fino as instalações da Direcção de Estradas, de onde levaram dossiers e computadores, o mesmo acontecendo na casa do director e de outros responsáveis.

Luis Martins

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