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Operação Pandemia

O mercado da indústria farmacêutica é o seu corpo, mas apenas quando doente”, anónimo

Porque me preocupo com o status quo envolvendo a chegada de mais uma pandemia, mergulhei no YouTube, onde descobri “Operação Pandemia” do argentino, Julian Alterini.

Porque comungo de praticamente tudo o que ali é dissecado, e acredito que os lobbies americanos nos têm na mão, achei por bem compartilhar o principal do que ali é dito, tecendo considerações pontuais e fazendo algumas actualizações.

“O que se esconde por trás da pandemia da gripe A? Porquê tanta notícia?” São duas das perguntas que nos surgem. Para responder a esta e outras questões o documentário começa por estabelecer a seguinte cronologia, relativamente a outra gripe, a aviária: Maio de 1997, Hong Kong: descobre-se o 1º caso de humano infectado com H5N1 (gripe das aves); Dezembro de 1997: H5N1 infecta 18 pessoas e mata 6; Fevereiro de 2006: um surto de H5N1 em Hong Kong acabou com 2 casos positivos e uma morte por contacto directo com aves; Setembro de 2005: a OMS adverte que uma pandemia de H5N1 poderia matar 7,4 milhões de pessoas em todo o mundo; Junho de 2006: 1º caso de transmissão entre humanos na ilha de Sumatra: Oito infectados, nenhuma morte; Julho de 2006: confirma-se o 1º caso de gripe aviária em Espanha; Setembro de 2009, já ninguém fala da gripe das aves, agora só se fala da gripe A, porquê? A resposta começa uns anos antes.

Ano de 1996: A companhia farmacêutica americana, Gilead Sciences patenteia o TAMIFLU como medicamento contra vários tipos de gripe. Um ano depois Donald Rumsfeld (estão recordados?) é nomeado presidente da companhia, depois de ter feito parte do conselho de administração desde 1988. Nesse mesmo ano a Gilead Sciences chega a acordo com a Roche para fabricar e distribuir o Tamiflu até 2016 em troca de 10% da renda total. Rumsfeld saiu em 2001 para ir integrar o executivo de Bush como ministro da defesa. Ou seja, em 2005 Bush aprovou um orçamento do qual 1200 milhões de dólares estavam destinados à ex-companhia de Rumsfeld para elaborar 20 milhões de doses de Tamiflu com o fim de evitar as, supostas, dois milhões de mortes nos EUA, devidas à gripe das aves. Sabe quantas pessoas morreram nos EUA devido a esta doença, segundo a OMS? Nenhuma! Quantas morreram em todo o mundo entre 2003 e 2009? 272! O que configura uma média de 39 mortes/ano. Sabia que a gripe comum mata 500.000 pessoas por ano no mundo? É só comparar! Mas isso não interessa nada ser revelado, porque é o MEDO que vende, porque agora todas as sociedades do mundo sofrem com a lavagem cerebral, alavancada pelos meios de comunicação de massas e os governos apressam-se a gastar balúrdios em vacinas, anti-virais e planos de contingência

Voltando à gripe A. Segundo a OMS, em todo o Mundo, até 11 de Setembro de 2009, o vírus terá infectado perto de 278.000 pessoas, tendo morrido, pelo menos, 3205. Mas o que é isto comparado com os 2.000.000 de pessoas que morrem anualmente de malária, os 2.000.000 de crianças que perecem com diarreia e os 10.000.000 de pessoas que desaparecem devido a doenças curáveis como o sarampo ou a pneumonia? Quantas destas mortes são primeira página dos jornais? Muito poucas ou nenhuma. Contudo a insistência mediática na gripe A parece imutável, com actualizações estatísticas diárias e ad nauseam.

Que melhor maneira de comercializar do que gerar uma necessidade baseada no medo e na paranóia da Sociedade? Com o medo instalado quem fica a ganhar? A resposta parece-me óbvia: As acções da farmacêutica Roche dispararam, as encomendas de vacinas à Sanofi e congéneres são aos milhões, os desinfectantes para as mãos e as máscaras cirúrgicas vendem-se que nem ginjas. Eles ganham, nós perdemos, ponto final, parágrafo!

Moral da história: Cuidarmos de nós e da nossa família e mantermos as medidas básicas de prevenção, mas sem nunca perdermos a noção de que maquiavelicamente estão a jogar connosco e com os nossos medos, e a negociar com a nossa saúde. Não vale a pena embarcar em ondas do tipo Juízo Final, que para isso já nos bastam os fanáticos religiosos, as beatas e sucedâneos.

Caso a tipa chegue, a melhor forma de a combater é, como diz o povo: Avinhar-se, abifar-se e abafar-se!

Por: José Carlos Lopes

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