O grupo Olano vai investir quatro milhões de euros na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda. O projecto do terceiro maior operador francês de logística e transportes de frio foi divulgado, na passada quarta-feira, e implica a construção de um entreposto frigorífico com 25 mil metros cúbicos de capacidade, servido por 45 camiões de transporte internacional.
É o primeiro investimento privado na nova área industrial da cidade e deverá ser uma realidade no segundo semestre de 2009, criando 25 novos postos de trabalho directos. Os promotores estimam ainda gerar uma facturação global/ano de 12 milhões de euros. A Olano já tinha uma delegação na Guarda, pelo que este investimento é «uma evolução natural» do grupo, justificou Nicolas Olano, fundador e presidente da empresa sediada no País Basco francês. «Além disso, a cidade e a plataforma estão bem situadas em termos de acessibilidades e para o que queremos fazer em Portugal», acrescentou, destacando também o facto do seu responsável no nosso país (João Logrado) ser natural da Guarda. O objectivo é armazenar produtos hortícolas, alimentares e congelados na Guarda e distribui-los em Portugal e para a Europa, sendo que a unidade também vai servir a zona da Corunha, na Galiza.
«Será a nossa base operativa para esta parte da Península Ibérica», afirmou o empresário. Nicolas Olano revelou que o grupo estudou a localização na Guarda durante dois anos, mas que agora o financiamento já está «em marcha», assim como os projectos de arquitectura da unidade. «A plataforma logística é complementar a tudo o que temos feito até hoje e, como temos uma ambição internacional, convém-nos estar aqui. Mas foi difícil decidir pela Guarda, porque não há indústria na região. Não é uma penalização, mas custa. Os nossos principais clientes estão a cerca de 200 quilómetros, na zona de Lisboa, pelo que vamos carregar a mercadoria, armazená-la na Guarda, prepará-la e distribui-la», acrescentou. Por sua vez, Joaquim Valente recordou ser a Olano «um dos maiores operadores europeus na área do frio». O presidente do município assinalou também que este investimento dá o «pontapé de saída» para a plataforma logística, reiterando haver já «inúmeras intenções de investimento e alguns contratos de instalação rubricados com empresas nacionais e estrangeiras». As próximas a apresentar os seus projectos são as holandesas Pieter Smit – Theater Rock Portugal e Mobile Vision.
