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O Y começa na Guarda

Sexta edição do Festival Y arranca no sábado e tem programados 11 espectáculos até 8 de Novembro

A sexta edição do Festival Y, promovido pela Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã, começa no sábado na Guarda. Dança, teatro (nas suas formas mais contemporâneas), música, performance e artes visuais estão de regresso à região, até 8 de Novembro. A principal novidade desta edição prende-se com a extensão do Festival de Artes Performativas a Torres Novas. No entanto, é na Guarda e no Fundão que vai realizar-se a maioria dos 11 espectáculos.

Os três primeiros actos decorrem no TMG. No sábado à noite há “Ópera” no pequeno auditório. Baseado numa ideia original de Tiago Guedes, trata-se de uma aproximação a um espectáculo total, que combina música, teatro e dança, construída sobre a ópera de Purcell, “Dido & Eneias”. No dia 10 entra em cena Joel Salom com o espectáculo de novo circo “Gadgets”, em que o artista australiano combina circo e teatro-físico. Música e dança é a proposta para dia 23, também no pequeno auditório, com “Uma lentidão que parece uma velocidade”, com coreografia e interpretação de Tânia Carvalho. Nessa noite, a partir das 23 horas, na Casa da Moagem (Fundão) apresenta-se um projecto a três, onde se cruzam duas gerações de músicos de jazz. São os “Três por trio” de Sérgio Pelágio, Maria João Matos e Nuno Correia, que tocam “standards”, mas também versões originais de grandes clássicos do rock, da música pop e do cinema, desde os Beatles a Burt Bacharah.

Também no Fundão, mas a 25, os convidados serão os “Double Bind Quartet”. Vera Mantero, Carlos Zíngaro, Vítor Rua e Luís San Payo actuam no auditório da Casa da Moagem. A banda tem a particularidade de criar uma espécie de “double bind” (duplo vínculo) entre duas tipologias musicais distintas: a improvisação e o rock-art. Cinco dias depois, a proposta do programa vai para uma conversa sobre Franz Schubert. Sergi Faüstino procurou juntar as duas facetas mais importantes da vida do compositor – os amigos e a música – para idealizar a performance “f.r.a.n.z.p.e.t.e.r”. Depois, o festival regressa ao TMG, com o espectáculo de dança “Das coisas nascem coisas”, de Cláudia Dias (dia 31). A 1 de Novembro, Sergi Faüstino regressa ao Y, no auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, com a performance “Duques de bergara unplugged” – trabalho concebido num “hall” de hotel.

Na mesma noite, mas no auditório do Teatro Virgínia (em Torres Novas), Sílvia Real vai levar à cena “Tritone”, espectáculo de dança e teatro que surge no seguimento de “Casio Tone” e “Subtone”. A 7 e 8 de Novembro, Maria Belo Costa estará no auditório do Teatro das Beiras com “Ponto (i)móvel” (dança e performance). Nas mesmas datas, no Museu Agrícola de Riachos (Torres Novas), a Quarta Parede vai mostrar a sua instalação/teatro de objectos “Os fios que a lã tece”.

Rosa Ramos

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