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«O trabalho político vai ficar à porta da Segurança Social»

José Albano Marques assumiu direcção do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda com a missão de arrecadar receita e ser rigoroso na atribuição de subsídios

O novo director do Centro Distrital da Segurança Social (CDSS) da Guarda garante que «o trabalho político vai ficar à porta» da instituição. Empossado na terça-feira no cargo, José Albano Marques prometeu despir o “fato” de presidente da Federação do PS nas suas novas funções.

«Soube sempre distinguir bem o que é o trabalho político do institucional. Estou nesta função com a convicção clara de que é preciso fazer um bom trabalho institucional, pois ganhamos todos, e não deixarei que o facto de ser presidente da federação prejudique o desempenho deste cargo», declarou a O INTERIOR pouco depois de uma cerimónia em que participou a vice-presidente do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social (ISS). Perante uma sala cheia de funcionários do CDSS e alguns responsáveis de IPSS, Luísa Guimarães recordou o facto do novel director saber «ao que vem», fruto de «grande parte da sua carreira ter sido feita no serviço social». A responsável elogiou depois Rita Cunha Mendes, reconduzida como directora-adjunta depois de ter acumulado funções como directora interina desde Dezembro, com a aposentação de Pires Veiga. «O ISS agradece a gestão transitória que assumiu num período bastante alargado», disse.

Para José Albano Marques ficou o desafio de «arrecadar mais receita» e de «mais rigor» na atribuição de apoios sociais. «Esperamos muito de si num momento em que se exige à Segurança Social que seja estabilizadora da crise, sendo por isso necessária uma gestão cada vez mais eficiente na cobrança de dívidas e no pagamento de apoios», acrescentou a vice-presidente do Conselho Directivo do ISS. Por sua vez, o sucessor de Pires Veiga saudou o «regresso a casa» – foi técnico superior de serviço social durante 10 anos antes de ser deputado – e sublinhou gostar do seu trabalho. «Penso ter as aptidões certas para não partir do zero e prosseguir o bom trabalho feito no CDSS da Guarda», disse José Albano Marques, de 37 anos. Para o seu mandato, promete fazer um trabalho de proximidade junto de associações e Instituições Particulares de Solidariedade Social do distrito. «É o que sei fazer melhor», afiança.

No entanto, concordou que esta não será a melhor altura para assumir o cargo. «Acredito até que vai ser complicado, mas cá estaremos para corresponder positivamente aos objectivos da Segurança Social», disse. Desses não constará um aproveitamento político da função, prometeu José Albano Marques. «O meu passado fala por mim. Enquanto deputado, estive sempre ao lado de todo os autarcas, fossem do PS ou do PSD. Antes disso, percorri mais de 50 por cento do distrito enquanto técnico de serviço social e não houve uma queixa ou reclamação de qualquer presidente de Câmara, numa altura em que o PS só tinha duas autarquias», recordou. De resto, quando a sua comissão terminar, o dirigente disse esperar deixar «amigos e o reconhecimento de que fiz falta ao serviço».

Luis Martins Novo director é técnico superior de serviço social do quadro na Guarda

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        Segurança Social»

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