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O tabaco o álcool e outros vícios

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Proibições, coimas e castigos severos perseguem os utilizadores destes vícios ancestrais. Em nome da saúde, dos estilos de vida saudáveis, existe um forte movimento que pretende reprimir estas práticas. Faz alguns dias e Vasco Pulido Valente insultava o Ministro da Saúde, vilipendiava a sua defesa dos hospitais sem tabaco e as regulamentações proibitivas. O fascista era o Ministro e não o tipo que nos invade o café e nos enche a roupa de tabaco, o ar de fumo, e bafeja em nossa direcção. As proibições antitabagismo têm dois suportes com que concordo: 1- o cigarro é o causador de inúmeras doenças que todos somos forçados a pagar para o prevaricador. 2- Fumar é um desconforto para quem não fuma.

As artérias dos fumadores engrossam, endurecem e provocam diminuição da sua elasticidade. Amputam-se dezenas de pernas por isquémia, provocada pelo consumo de tabaco, por mês, em Portugal.

Mas as tabaqueiras não servem verdadeiro tabaco, e sim misturas de produtos tóxicos e aditivos perigosos a uma ínfima percentagem de tabaco, e desse modo estamos perante um acto que lesa os fumadores, e justifica as doenças do cigarro. Essa é outra discussão que não retira que o fumar incomoda os outros, que fumar é má pratica, que o fumador não tem o direito de apropriar-se dos espaços de todos e é ele que tem de conter a prática ou refrear os costumes. Não podemos ter médicos a fumar nas consultas, não podemos ter restaurantes carregados de nicotina antes do bife. Não temos de suportar o tabaco nos comboios, nos aviões e noutros lugares fechados e colectivos. A proibição não tem que se estender à rua e a lugares que optem por ser de consumidores de cigarros. Há uma série de balizas que nos devem distinguir dos países intolerantes, mas tem de haver balizas porque as pessoas não as sabem colocar e definir a si próprios. Um dia a discussão põe-se para o álcool e o telemóvel. Hoje morre-se/mata-se porque se telefona a conduzir. As regras são uma necessidade da estupidez ilimitada das pessoas, e por isso, Pulido Valente não tem razão.

Por: Diogo Cabrita

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