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O que vais fazer amanhã?

Bill Gates, fundador da Microsoft e uma das personalidades mais ricas do mundo, diz que a riqueza não está no valor da fortuna de cada um, mas no poder de escolher como se utiliza o tempo.

Tenho por hábito analisar a coerência entre aquilo que se proclama e o que se faz. E neste capítulo Bill Gates é coerente: desde a passagem do milénio que o Bill não é visto nos corredores da Microsoft a trabalhar a inovação dos seus produtos.

Ele e a sua mulher – Melinda Gates – criaram uma fundação e desde essa data que trabalham o mecenato em projetos de inovação social. O último deles foi um sistema de transformação de águas sujas em águas limpas para permitir o consumo humano em África.

Depreendo por isso que fazem aquilo que gostam, apesar de reduzir o valor do seu património material, em contraponto com a valorização dos produtos da empresa tecnológica.

Sempre que me cruzo com pessoas desocupadas – sejam desempregadas, reformadas ou mal empregadas – questiono-me porque desvalorizam o seu tempo. Fazer voluntariado, investigar ou criar valor nas suas áreas de competências e paixão, o tempo é o nosso património.

Mas raras vezes temos essa perceção antes do anúncio de uma doença crónica. O que vais fazer amanhã?

Por: Frederico Lucas

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