Com o objectivo de verificar quais as qualidades que os alunos apreciam mais e quais os defeitos que mais abominam nos professores, foi-me proposto realizar um inquérito a uma turma do Ensino Básico e outra do Secundário. Assim, foi pedido aos alunos de ambas as turmas que despendessem algum do seu tempo a responder a um inquérito e, após esse preenchimento, procedeu-se à análise dos dados obtidos, chegando-se a conclusões curiosas.
Os alunos de ambas as turmas referiram que, apesar de gostarem das aulas mais divertidas e dos professores menos exigentes, apreciam o trabalho e esforço destes.
Na turma do 7º ano, os alunos mencionaram como principais qualidades dos professores o facto de ensinarem bem, serem simpáticos, solidários, a capacidade de manter a ordem dentro da sala de aula, deixarem fazer trabalhos de grupo, mostrarem preocupação com os alunos que mais dificuldades apresentam e darem aulas divertidas. Quanto aos alunos do 10º, as opiniões variaram mais; no entanto, a maioria deles mostrou mais apreço pelos professores que são justos e imparciais na avaliação, simpáticos, tolerantes, valorizando ainda o leccionar bem a matéria, não se preocupando tanto com a quantidade mas com o facto de esta ser apreendida por todos os alunos.
Relativamente aos defeitos, a turma do 7º ano destacou a intolerância, a antipatia, as aulas aborrecidas, a marcação de vários testes no mesmo dia e trabalhos em semana de testes. Para os alunos do 10º ano, os defeitos mais detestáveis nos professores são as injustiças na avaliação com testes difíceis e, muitas vezes, com matéria que não foi leccionada na aula ou que supostamente não viria para o teste. Referem ainda como aspectos de que não gostam “a incompetência, o sarcasmo, a parcialidade, a intolerância, a arrogância” (obstáculo à aprendizagem e causador de frustração nos alunos).
O 7.º ano aponta mais para a afectividade, o 10.º para a justiça mas no geral, os dois modelos juntam-se num: o “modelo de professor” apreciado pelos alunos é aquele que é um professor justo, imparcial, não dado a favoritismos, solidário, altruísta para com os menos capacitados e mais necessitados, competente científica e pedagogicamente, ou seja, capaz de levar a aprender de forma clara, correcta e objectiva.
Cristiana Isabel Sieiro Santos (10º A)
