Maria do Carmo Borges, Presidente da Câmara da Guarda
«A Guarda, não permitirá que a privem de dar um berço de nascimento aos seus filhos. Por isso, exigimos que os da Guarda continuem a nascer na Guarda e a serem por nascimento guardenses».
Júlio Sarmento, presidente da Câmara de Trancoso
«Estou totalmente contra o encerramento da Maternidade do Hospital Sousa Martins, para além de que a população de Trancoso também é lesada com esta medida. Por isso estou solidário com todos os que se manifestam contra ao seu encerramento».
António Saraiva, membro do Movimento Cívico da Guarda
«Espero que não se feche um dos melhores serviços do Hospital Sousa Martins. Uma vez que nem as razões técnicas são as mais válidas, sendo que é o serviço com mais consultas, mais médicos e enfermeiros. Nem mesmo os critérios do estudo podem justificar esse desenlace. Enquanto membro do Movimento Cívico, responsável político e cidadão estou disposto a ir para a rua lutar contra esta situação. E acho que esta é melhor oportunidade para fazer as esperadas instalações do novo hospital, mas de raiz».
Jorge Mendes, Presidente do Instituto Politécnico da Guarda
«Como pai, cidadão e presidente do IPG estou completamente contra o possível fecho da Maternidade do Hospital Sousa Martins. Até porque tenho quatro filhos que nasceram na Maternidade da Guarda e destaco o óptimo trabalho que foi realizado. Por isso considero que os critérios do estudo elaborado são demagógicos. Apesar de não revogar o fecho de nenhuma das maternidades, acho que a encerrar alguma, só se fossem as outras. Até porque a Guarda é a maternidade que mais partos realiza por ano. Porquê a Guarda?»
Fernando Cabral, Presidente da Federação do PS da Guarda
«Estamos contra o possível fecho da maternidade. Não colocamos em causa os aspectos técnicos do estudo, mas consideramos que há outros aspectos mais importantes, como as acessibilidades e a situação geográfica. A maternidade não serve só o concelho da Guarda, mas todo o distrito. Se esta remodelação for para a frente, que fiquem pelo menos abertas a maternidade da Guarda e Castelo Branco, para servir as zonas limítrofes dos distritos».
Joaquim Canotilho, presidente da Concelhia do CDS-PP da Guarda
«Não acredito que a Maternidade encerre. Se isso acontecer saio do meu partido, porque me envergonho de pertencer a um partido que fecha maternidades. Acho até que é criminoso que se feche as portas do melhor serviço do Hospital da Guarda. Se isso acontecer é o fim de tudo, porque se assim for deixa de ser preciso um novo hospital. Atrás deste serviço vão outros e um hospital novo sem serviços não é preciso na Guarda. Estou disposto a tomar todas as medidas, porque as usuais não resultam».
Honorato Robalo, Coordenador da União de Sindicatos da Guarda
«Estamos contra o fecho da Maternidade. Se nos abstrairmos dos critérios técnicos, acho que é obrigação política do Governo salvaguardar os interesses das mães. Esta atitude política é deplorável, mas também não se compreende que se façam melhoramentos no serviço para agora encerrar. Todos os sindicatos da CGTP estão dispostos a ir para a rua e durante as próximas semanas vamos fazer um abaixo-assinado dirigido ao Presidente da República».
Júlia Sobral, Comissão Concelhia do PCP da Guarda
«O fecho da Maternidade é ir contra o direito das mulheres e dos seus filhos, porque este serviço é um direito conquistado. Se a Maternidade do hospital da Guarda encerrar, e ficar tudo centralizado na Covilhã, há muitas parturientes que ficarão muito distantes do serviço. Considero que todos juntos podemos travar que esta situação seja uma realidade».
José Manuel Silva, Candidato à Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
«Acho que estas medidas não se podem refugiar em critérios estritamente técnicos, tem que haver alguma flexibilidade. Não sei quais são as circunstâncias que estão por detrás desta vontade de fechar as Maternidades. Mas acho que no mínimo devia haver uma Maternidade por capital de distrito. Caso contrário as populações são prejudicadas pelas más acessibilidades geográficas. A solução mais equilibrada era ficarem abertas as Maternidades do Hospital da Guarda e de Castelo Branco».
Pedro Nobre, Movimento Cívico pela Criança
«Não entendo como é possível fechá-la sendo a Maternidade com mais partos da Beira Interior. Não é aceitável que a Guarda seja sacrificada. Os quilómetros da Guarda para Covilhã são os mesmos que da Covilhã para a Guarda. Todos os indicadores apontam que este é um óptimo serviço. A maternidade da Guarda merece toda a confiança do distrito e a população não pode aceitar pacificamente o seu encerramento, até porque atrás deste serviço podem ir outros».
Reis Pereira, Presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Médicos
«Manifestámos logo o nosso desagrado aquando das declarações do Bastonário da Ordem dos Médicos, Germano de Sousa, há cerca de dois meses na Covilhã, anunciando o possível fecho da maternidade da Guarda. Há cerca de 25 anos os partos eram feitos na Covilhã ou em Coimbra, pelo que, se esta medida for avante, há um retrocesso e a história repete-se».
Ana Manso, Presidente da Concelhia do PSD Guarda
«Não pode nem deve fechar em situação alguma, é um serviço básico, uma especialidade fundamental para o bom e normal funcionamento de uma unidade que todos queremos cada vez mais prestigiada, até porque se prevê o início da construção do novo hospital no final de 2005, princípio de 2006».
José Cunha, Director Clínico do Hospital da Guarda
«Eu também defendo a continuidade da Maternidade, mas têm que ser os seus profissionais a empenhar-se mais e a aceitarem o desafio da qualidade através da competência técnica e da humanidade do trato. No futuro, só vai existir uma maternidade na Beira Interior, pelo que o serviço tem de demonstrar vontade de se desenvolver na Guarda».
Isabel Garção, Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Guarda
«Temos condições muito boas para actuar, profissionais muito bons e queremos continuar em frente. As outras unidades da Beira Interior têm muito menos partos que nós e penso que Hospital Pêro da Covilhã não terá pediatras e obstetras em número suficiente para poder receber as parturientes de Castelo Branco e da Guarda».