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«O PSD anda sempre atrás do PS»

Fernando Serrasqueiro criticou as tentativas de confronto no mercado da Covilhã por parte dos “laranjinhas”

O mercado da Covilhã foi também o local escolhido pelos candidatos do PS por Castelo Branco, antes de percorrerem as ruas da cidade e a feira. Apesar das palavras de carinho e de atenção, Fernando Serrasqueiro não tem dúvidas que o impacto do PS seria maior se o cabeça de lista estivesse na campanha distrital. «É claro que Sócrates deveria ter estado aqui. As pessoas têm uma simpatia e uma ligação a ele, mas compreendem que ele está a fazer um esforço muito grande por todo o país», admitiu o número dois, que criticou as campanhas feitas pelos adversários, principalmente dos sociais-democratas. «Tem sido uma campanha dura. Sócrates está a apresentar propostas para o país e a única mensagem dos adversários é dizer mal dele», apontou, acusando a «”campanha à brasileira”» feita apenas para «denegrir a sua imagem».

De resto, a presença do PSD no mercado municipal foi para Fernando Serrasqueiro a prova de que os sociais-democratas «andam atrás» do PS. «Marcamos o comício em Castelo Branco e logo o PSD teve necessidade de o fazer também lá para tapar a eventualidade de uma exposição maior da nossa parte. E hoje aconteceu o mesmo», acusa, lembrando que este itinerário já estava marcado «há muito tempo». A acusação de Serrasqueiro baseia-se no facto do PSD ter alterado a agenda de campanha para aquele dia, de modo a ser o primeiro a fazer campanha no mercado covilhanense e haver «um confronto». O programa inicial do PSD tinha o pavilhão da ANIL como local da primeira visita e só depois o mercado. Mas mesmo assim, o socialista diz que a festa «não foi estragada», apesar de poder ter contribuído para confundir as pessoas. «Tentámos sair rapidamente assim que nos apercebemos que o PSD nos queria confrontar», disse o candidato ao justificar a rápida passagem pelo mercado. «O pior que poderia ter acontecido era haver incidentes numa campanha. Estamos a evitá-los, pois já temos incidentes que cheguem vindos do PSD», criticou.

O número dois do PS continua apostado na eleição três dos cinco deputados por Castelo Branco, pois é essa vantagem que tem «dado um peso político determinante ao distrito» no «avanço de algumas políticas de carácter regional que contribuíram para o crescimento de Castelo Branco». «Somo reconhecidos no distrito e se o PS for Governo, é natural que influenciaremos as decisões que possam vir a ser tomadas para o interior do país», garante. De resto, não faltaram as críticas à sondagem realizada pela empresa Regipom – Pesquisa e Opinião de Mercado, Lda, cuja análise publicada num jornal regional apontava para a vitória do PSD no distrito. «A avaliar por essa sondagem, o PSD teria sozinho a maioria absoluta», ironizou Serrasqueiro, que já apresentou queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social, onde foi aberto um processo de contra-ordenação por a Regipom não estar credenciada.

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