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«O projeto principal para a Associação Humanitária é manter um bom relacionamento entre comando, corpo ativo e funcionários»

Cara a Cara – Frederico Sena

P – Quais os principais projetos que tenciona implementar enquanto presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira?

R – Num período de austeridade que o país está a atravessar não se pode sonhar com projetos irreais. O projeto principal para a Associação Humanitária dos Bombeiros de Celorico da Beira passa por gerir em paz e serenidade, mantendo um bom relacionamento entre comando, corpo ativo e todos os funcionários. A manutenção de diálogo com todos é um dos fatores principais e, nesse sentido, posso adiantar que estão já agendadas reuniões com todos os funcionários. Quanto aos principais objetivos para este mandato, passam por dar continuidade ao projeto iniciado pela anterior direção e também por dar especial atenção ao setor da saúde. Os órgãos sociais que escolhi para o triénio são pessoas que estão conscientes das dificuldades, muito válidas e com muita vontade de trabalhar em prol da associação. Independentemente de não pertencerem ao órgão executivo (direção), todos os elementos se consideram envolvidos para trabalhar, estando eu consciente da valia de todos.

P – Foi eleito naquelas que foram as eleições mais concorridas de sempre na corporação. Que importância tem para si este facto?

R – De facto, estas foram as eleições mais concorridas de sempre na corporação, com 511 sócios a votarem, algo que vejo com muita satisfação, pois mostra que a Associação Humanitária está viva e unida. Mas é também algo normal, dado que havia duas listas a sufrágio. No período que antecedeu as eleições, os associados entenderam a necessidade de manter o mesmo clima que se viveu no triénio anterior, do qual fiz parte, e por isso encaro esta vitória como um sinal de confiança no meu projeto.

P – Como avalia a situação financeira da corporação?

R – A situação financeira atual, não sendo desafogada, pode considerar-se cómoda. No entanto, uma das minhas prioridades passa por assegurar, a curto prazo, um conforto financeiro que permita à corporação precaver situações menos simpáticas que possam surgir.

P – Quais as principais carências da corporação atualmente?

R – Dividindo a corporação em três áreas, ou seja, fogos, saúde e socorro, posso dizer que na primeira estamos apetrechados com viaturas que nos permitem responder com eficácia. No último triénio foram adquiridos dois veículos florestais de combate a incêndios (VFCI) e um autotanque, e estamos à espera da entrega de uma outra viatura nova, também de combate a fogos florestais, esta comparticipada através do Estado. Na área da saúde e transporte de doentes, adquirimos no final do mandato anterior uma ambulância e neste momento possuímos veículos em número satisfatório.

Já na área de socorro, estamos um pouco debilitados. A corporação tem uma ambulância INEM e reserva, mas esta última não se encontra nas melhores condições, atendendo aos anos da viatura, o que torna mais difícil responder às chamadas com a mesma eficiência. O uso mais frequente desta viatura-reserva é justificado com o fecho diário do Centro de Saúde de Celorico da Beira, a partir das 20 horas, pois as deslocações passam a ser para o Hospital Distrital da Guarda, ficando o concelho privado da viatura INEM, sendo esse veículo de reserva o único meio em caso de emergência.

P – O que poderá ser feito para suplantar essas carências?

R – Para ultrapassar as carências na área de socorro referidas anteriormente, estamos a solicitar alternativas junto do Instituto Nacional de Emergência Médica, de modo a podermos atuar nesta matéria com uma maior eficácia.

P – Como é atualmente o relacionamento da corporação com a Câmara Municipal de Celorico da Beira?

R – Os laços entre a Associação de Bombeiros e a Câmara Municipal de Celorico da Beira são os melhores, pois houve no mandato anterior uma grande colaboração entre as duas entidades. Colaboração que, espero eu, se venha a manter durante este mandato.

P – Localizando-se Celorico da Beira junto à A25, está a corporação equipada para operar em caso de sinistros na autoestrada?

R – Debatemo-nos com as lacunas que já mencionei no que diz respeito ao socorro, e que esperamos colmatar a breve trecho. Também possuímos Viatura de Desencarceramento devidamente apetrechada.

Frederico Sena

«O projeto principal para a Associação
        Humanitária é manter um bom relacionamento entre comando, corpo
        ativo e funcionários»

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