Na nossa região existem várias escolas profissionais que desenvolvem cursos profissionais de nível secundário, bem como diversas escolas secundárias que também promovem este tipo de cursos.
Tendo em consideração o escasso número de alunos que se verifica na região, estas escolas concorrem umas com as outras no sentido de atrair os alunos que concluíram o 9º ano.
A questão que se coloca aos alunos que optam por este tipo de ensino é escolher entre o curso que pretendem seguir e, simultaneamente, entre que escola optar.
As escolas secundárias, à partida, têm vantagem na atracção destes alunos, uma vez que a relação de proximidade existente entre estas escolas e estes alunos é mais intensa.
Por outro lado, as escolas profissionais encontram-se mais vocacionadas para o ensino profissional.
O que se tem verificado é que tanto as escolas secundárias como as escolas profissionais, promovem a divulgação dos cursos que ministram, de forma muito idêntica, dando a sensação aos potenciais alunos que é tudo a mesma coisa. O que não é verdade.
As escolas profissionais que pretendem captar os alunos que optam por este tipo de ensino, deverão definir o seu “posicionamento”. É este “posicionamento” que irá permitir a estas escolas, diferenciarem-se das escolas suas “concorrentes” (secundárias).
Mas em que é que poderá consistir este “posicionamento”? Consistirá, em relevar aquelas características positivas que as diferenciam das outras escolas e, que, neste caso são:
a sua vocação para o ensino profissional, a sua longa experiência neste tipo de ensino, a sua proximidade com o tecido empresarial, a oferta de cursos mais vocacionados para as necessidades das empresas da região, as instalações e equipamentos existentes, etc.
Se as escolas profissionais não definirem elas próprias o seu “posicionamento”, serão com toda a certeza os seus potenciais alunos a fazê-lo. E estes, poderão considerar, que, nesta matéria, escolas profissionais e secundárias, são tudo a mesma coisa.
Por: Rogério Tenreiro