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«O objectivo principal do “Festiboidobra” é o intercâmbio de culturas»

Cara a Cara – Entrevista: Paulo Jerónimo

P – Em que consiste o “Festiboidobra – Tradições do Mundo”?

R – Este festival consiste em mostrar à população da Boidobra e Covilhã tradições do mundo, nomeadamente do México e da Geórgia. O tipo de organização pretendeu fazer-se com aquilo que nós vimos de melhor nas actividades em que já participámos, ou seja, quisemos transpor para a Boidobra um festival com alguma dimensão.

P – Que actividades vão ser realizadas ao longo dessa semana?

R – A semana vai desenvolver-se com base em actividades tradicionais, com espectáculos, “workshops” e convívios entre os grupos. Pretende-se também que haja um intercâmbio gastronómico entre Portugal, México e Geórgia.

P – E o que distingue este festival dos tradicionais festivais de ranchos folclóricos?

R – Este evento destingue-se, desde logo, por ter a duração de uma semana, ao contrário dos outros festivais que duram um dia. Por outro lado, este festival não é só folclore, há uma interacção com as pessoas mais idosas, à parte da gastronomia e de todo o intercâmbio cultural, que não existe nos festivais tradicionais de folclore, onde se chega, dança-se e vai-se embora.

P – Qual o principal objectivo desta iniciativa?

R – O objectivo principal deste festival é o intercâmbio de culturas e mostrar às populações da Boidobra e Covilhã a cultura do mundo, até porque os festivais normais acabam por ter só grupos portugueses. Por outro lado, queremos ainda chamar cada vez mais pessoas a esta iniciativa.

P – Quantos grupos vão estar presentes? De onde chegam?

R – São cinco portugueses e dois estrangeiros. De Portugal, o Grupo Danças e Cantares Fermêdo e Mato (Douro Litoral Sul), o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Tábua (Beira Alta), o Rancho Folclórico Danças e Cantares de Santa Maria do Olival (Douro Litoral), o Rancho Folclórico “Os Camponeses da Peralva” (região dos Templários), para além do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico da Boidobra. Do estrangeiro, estarão presentes o Georgian Folk Dancing Ensemble “Nabadi” (Geórgia) e a Compañia Folklórica Xaman-Ek (México).

P – Quantos participantes vai ter?

R – O festival terá, aproximadamente, 300 participantes.

P – Continua a haver jovens interessados em ingressar no Rancho?

R – Bastantes. Aliás, no nosso grupo temos uma faixa etária jovem bastante significativa. Isto consegue-se porque fazemos coisas diferentes, como o “Boidobra Aventura”, que se trata de uma actividade radical que nada tem que ver com folclore; por outro lado, o “FestiBoidobra” é um festival diferente, e os jovens gostam disso. E eles, quando entram no grupo, entendem qual a nossa forma de trabalhar e os objectivos a que nos propomos, e acabam por ver que não é só mais um rancho a cantar e a dançar.

P – E para o futuro, já há projectos em mente para o Rancho Folclórico da Boidobra?

R – Neste momento estamos focalizados no “FestiBoidobra – Tradições do Mundo”. Em termos estruturais, temos a sede para acabar e o Centro Interpretativo de Artes Tradicionais da Boidobra, cujo esboço do projecto foi feito em colaboração com a Universidade da Beira Interior. É isso que nos preocupa para o futuro.

Paulo Jerónimo

«O objectivo principal do “Festiboidobra” é
        o intercâmbio de culturas»

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