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«O número de escuteiros na região não corresponde ao trabalho que se desenvolve»

Cara a Cara – Entrevista: Paulo Rodrigues

P – Como está o escutismo na região?

R – No concelho da Covilhã o escutismo está bom, respira e tem vários agrupamentos. Na região, a situação está um pouco complicada. Está dividida em dioceses, nós pertencemos à da Guarda, onde existem 23 agrupamentos, nove dos quais no concelho da Covilhã. Na minha opinião, faz-se bom escutismo por cá, os jovens gostam de participar, apenas o número de elementos talvez não corresponda ao trabalho que se desenvolve.

P – Quantos membros tem actualmente o agrupamento?

R – O nosso agrupamento na Covilhã tem 126 escuteiros, dos quais 13 são adultos.

P – E o agrupamento costuma desenvolver algumas actividades para cativar mais jovens?

R – Não fazemos isso de propósito, mas os nossos embaixadores são os próprios escuteiros, que na escola e no seu grupo de amigos vão passando a palavra. Agora, não fazemos actividades só com a intenção de cativar mais jovens, mas como fazemos muitas actividades na rua e prestamos serviço a muitas colectividades e instituições, ao longo do ano os jovens cruzam-se connosco e assim se faz, involuntariamente, a divulgação.

P – Tendo em conta que os jovens estão mais sensibilizados para outro tipo de actividades, é fácil captar novos elementos?

R – Sim. Também vivemos esse problema, porque os jovens que estão connosco não são só escuteiros e não fazem só isto na vida. Agora, tentamos conciliar todas as outras actividades com o escutismo, até porque faz parte da sua formação integral. Nesse sentido, até apoiamos a sua participação noutras actividades. As nossas grandes actividades acontecem nas férias e nessa altura eles já estão livres.

P – As novas instalações da sede do agrupamento era a prenda que estava à espera nestes 85 anos do agrupamento?

R – Sim, de aniversário e de Natal. Comemorámos 85 anos no dia 30 de Agosto e foi uma grande prenda que tivemos. Tínhamos uma sede degradada e sem grandes condições de segurança e agora mudámo-nos para um edifício que tem outro tipo de condições e temos em frente o Jardim Público, que também nos abre um leque considerável de actividades.

P – E este poderá ser o ponto alto das comemorações dos 85 anos?

R – Sim, sem dúvida. Temos que celebrar os 85 anos e tudo aquilo que fizemos ao longo deste tempo, mas ter uma sede nova era a nossa aspiração há muito tempo e foi agora conseguido.

P – Depois da nova sede, que novos projectos tem em mente para o agrupamento?

R – Temos alguns projectos de coisas que não fazíamos porque só pensávamos em ter uma nova sede. Estamos a pensar, ainda este ano, em fazer a geminação com um grupo espanhol, de maneira a que ao longo dos anos eles venham cá fazer actividades e vice-versa. E temos na calha o lançamento de uma actividade a nível nacional para escuteiros da última secção – os “caminheiros” – , que queremos implementar já no próximo ano.

Paulo Rodrigues

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        corresponde ao trabalho que se desenvolve»

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