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«O Governo tem que estar solidário na aquisição da auto-escada porque é necessária à Covilhã»

Cara a Cara – Entrevista

Perfil: – António Rebordão

– Presidente da Junta de Freguesia de Sta. Maria

– Idade: 54 anos

– Profissão: Funcionário público da Inspecção do Trabalho – Currículo: Presidente da assembleia-geral do clube de Campismo e Caravanismo da Covilhã, presidente da direcção da Associação Mutualista da Covilhã, da assembleia-geral do Centro de Dia de Verdelhos e director de várias instituições recreativas

– Hobbies: Ler, nadar, ouvir música, jogar ping-pong e passear

P – Como está a decorrer o processo de compra de uma auto-escada para os Bombeiros Voluntários da Covilhã?

R – Angariámos cerca de 25 mil euros junto da população da cidade nas grandes superfícies comerciais. Vamos iniciar o processo de recolha porta a porta nas vilas e aldeias do concelho para juntar a verba necessária para adquirir a tão desejada plataforma para os Bombeiros da Covilhã. Estou optimista nesta ideia, porque, se cada um dos cidadãos do concelho oferecesse um euro, tínhamos a verba necessária. Vamos também encetar um contacto directo junto das empresas do concelho e julgo que aqui poderemos colher montantes significativos para aumentar o “bolo”.

P – Acredita que vão conseguir reunir os 550 mil euros necessários para adquirir essa plataforma?

R – Não sou ambicioso a esse ponto, mas vamos com certeza conseguir uma verba significativa. O Governo tem responsabilidades acrescidas nesta matéria e iremos contactar os governantes para garantir a verba necessária para completar o dinheiro que temos. O Governo tem que estar solidário e sensível para com esta plataforma porque é necessária. Vivemos numa cidade antiga e a zona de Santa Maria tem muitos prédios em degradação, onde a possibilidade de incêndio está sempre iminente e não há neste momento condições para que os bombeiros possam ter acesso rápido a essa zona. Uma plataforma vinha resolver esse problema.

P-A zona histórica, integrada na freguesia de Santa Maria, está a ser alvo de uma intervenção de requalificação…

R- A zona histórica vai, de facto, ter cara lavada, outras condições de acesso para ser um chamariz para a população e o turismo. Neste aspecto, temos que estar optimistas. É um projecto ambicioso da Câmara e penso que as obras vão iniciar-se ainda este ano.

P – Que projectos tem previstos para atrair e fixar pessoas no centro histórico?

R – Parte tudo da requalificação da zona histórica. As ruas vão ser pavimentadas, vão ser colocadas novas iluminarias, vai existir uma recuperação de prédios e imóveis degradados. Para além das muralhas do castelo, há que mostrar toda a zona antiga, que envolve uma área de habitações de traça antiga que podem agora ser recuperadas e colocadas à disposição do turista que visita essa zona. Queremos criar aí o Museu de Arte Sacra, que ficará situado junto à Igreja de Santa Maria. Também iremos colocar um posto de telefone e uma caixa multibanco. A zona histórica é bonita por si só, digna de ser vista, mas precisa de ser recuperada.

P – O Projecto de Luta contra a Pobreza – ReAgir – termina em Dezembro. A Junta, como parceira, pensa continuar a acção de apoio e de requalificação de casas degradadas?

R – Temos vontade que apareçam novos projectos como este. No entanto, estamos a trabalhar neste momento com o “ReAgir” junto da população carenciada da nossa freguesia e não só. O nosso objectivo é ocupar um espaço que ultrapassa a intervenção das duas instituições da cidade: o lar de S. José e a Associação Mutualista. Queremos ser um complemento dessa intervenção no apoio domiciliário e apoiar famílias carenciadas com dificuldades de deslocação, a quem tratamos da documentação, vamos à farmácia, fazemos refeições ou a limpeza da casa, conversamos com as pessoas, enfim, fazer uma intervenção constante e permanente junto das famílias de modo a torná-las menos isoladas e mais comunicativas. Estamos a ter o apoio e colaboração da Câmara, que até atribuiu um subsídio para fazer face aos custos com o pessoal que trabalha neste projecto, que é para continuar.

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