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«O Governo Sócrates é o Governo do contra»

Aguiar Branco, candidato à presidência do PSD, não poupou actual primeiro-ministro na sua passagem pelo distrito da Guarda

«Se não fores o líder eleito, tens uma sorte terrível. Daqui a dois anos vais ser o próximo presidente do PSD e o próximo primeiro-ministro de Portugal». O vaticínio foi feito por Júlio Sarmento, mandatário distrital da candidatura de José Pedro Aguiar-Branco à presidência do PSD, que, na última quinta-feira, esteve em Seia e Trancoso.

Num almoço com cerca de 100 militantes, o líder parlamentar do PSD terminou o seu discurso respondendo ao «amigo» presidente da Câmara de Trancoso: «Estou certo de que o próximo presidente do PSD vai ser o próximo primeiro-ministro de Portugal e, já agora, convém não jogar na sorte. Mais vale jogar já e apostar que este pode ser o próximo primeiro-ministro de Portugal e não esperar por daqui a dois anos. Espero que no dia 26, a maioria dos militantes do PSD acreditem que é esta a candidatura que pode dar um futuro novo para Portugal», desafiou. Antes, durante a sua intervenção, Aguiar-Branco sustentou que «cinco anos da governação do engenheiro Sócrates destruíram valores essenciais no exercício da actividade política e que fazem com que as pessoas confiem nos políticos», realçou. O candidato defendeu que é «fundamental que se acabe com as nomeações de pessoas que não têm currículo para nos representarem em cargos públicos, que depois nós vimos a saber mais tarde que estão aí para instrumentalizarem e utilizarem as empresas públicas em benefício próprio e não de todos nós», criticou.

Do mesmo modo, argumentou que «a promiscuidade que grassa na nossa sociedade entre os interesses privados e públicos tem que acabar». O antigo ministro da Justiça endureceu as críticas ao dizer que os Governos Sócrates deixaram Portugal «nas mãos dos credores internacionais», acusando-os também, num tom empolgado, de serem «do contra»: «Contra os professores, contra os magistrados, contra os agricultores, que sabem bem nesta zona que a agricultura também é uma forte componente da actividade das pessoas. Ao fim de cinco anos, tivemos portugueses contra portugueses, quase uma guerra civil política», reforçou. Aguiar-Branco aproveitou ainda para falar da denominada “lei da rolha”, acusando o PS de «num sentido oportunístico altamente censurável» querer «fazer crer que dentro do PSD não há liberdade de expressão». Do mesmo modo, «o PS quer desviar as atenções da comissão de inquérito que vai acontecer na Assembleia da República a propósito do caso da PT/ TVI. Se alguém tem que prestar contas em Portugal por estar a tentar condicionar a liberdade de expressão é o engenheiro Sócrates, o Governo e o PS».

Ricardo Cordeiro Aguiar Branco ouviu Júlio Sarmento dizer que é o «líder ideal» para o PSD

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