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O fado de Ana Moura no TMG

Contemporânea e tradicional, a fadista apresenta o seu último trabalho, “Leva-me aos fados”, no sábado à noite no grande auditório

É uma das fadistas da nova geração de que mais se fala. Aclamada pela crítica e com o público a seus pés, Ana Moura actua sábado à noite no TMG para promover o seu último trabalho “Leva-me aos fados”, numa digressão em Portugal e na Europa.

O disco tem sido elogiado pela crítica, que tem destacado o seu contributo contemporâneo para a arte do fado, mantendo uma sonoridade tradicional. Jorge Fernando, Tozé Brito, Manuela de Freitas, Mário Raínho, Nuno Miguel Guedes e Amélia Muge assinam as letras inéditas deste quarto CD de originais de Ana Moura. Já as músicas foram compostas por Jorge Fernando, Tozé Brito, Amélia Muge, José Mário Branco e a própria fadista, entre outros. “Leva-me aos fados” inclui um tema cantado sobre o fado bailado e outro com variações do fado vadio. “Não é um Fado Normal” contou com a participação dos Gaiteiros de Lisboa e é mesmo uma das canções preferidas de Ana Moura, que nesta digressão se faz acompanhar por Custódio Castelo (guitarra portuguesa), Jorge Fernando (viola), Filipe Larsen (viola-baixo) e Yuri Daniel (contrabaixo).

Natural de Santarém, Ana Moura integrou, na adolescência, uma banda de pop/rock local, mas incluía sempre um fado em cada actuação. Começou a cantar fado com regularidade após ter sido convidada por Maria da Fé para actuar na sua casa de fados, “Senhor Vinho, em Lisboa. É uma grande admiradora de Amália Rodrigues, de quem admira a voz, a alma e a forma de improvisar, condições que considera essenciais num fadista. Em 2003 editou o seu primeiro trabalho, intitulado “Guarda-me a Vida na Mão”, que marcou o início da sua ligação profissional com Jorge Fernando. Com este álbum, Ana Moura conquistou logo reconhecimento internacional, tendo actuado nesse ano no prestigiado Town Hall, de Nova Iorque. “Sou do fado, sou fadista” foi o tema que mais marcou o início da sua carreira. Em 2004 lançou “Aconteceu”, um duplo CD com temas do fado clássico e tradicional. No ano seguinte, chegou a consagração, já que foi a primeira cantora portuguesa a actuar no mítico Carnegie Hall, em Nova Iorque.

Vieram depois os Rolling Stones. Em 2007, participou no segundo volume do “The Rolling Stones Project”, de Tim Ries, grande apreciador de fado que também colaborou no terceiro álbum de Ana Moura, “Para Além da Saudade”, editado nesse ano. A fadista foi ainda convidada a cantar no concerto da mítica banda britânica em Lisboa, num dueto com Mick Jagger no tema “No Expectations”. Ana Moura, de 29 anos, foi galardoada com o Prémio Amália para Melhor Intérprete em 2007, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.

Ana Moura recebeu o Prémio Amália para Melhor Intérprete em 2007

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