O castelo de Belmonte acolhe, desde domingo e até 3 de Dezembro, a exposição itinerante dedicada aos “25 Sítios Arqueológicos da Beira Interior”. A mostra, promovida pela ARA, é o resultado de um inventário elaborado com o apoio de 30 investigadores e apresenta as principais estações arqueológicas dos distritos da Guarda e Castelo Branco. Nesta paragem, merece destaque a Torre de Centum Cellas, um dos locais mais enigmáticos da região.
De origem romana, o monumento é também conhecido por Torre de São Cornélio e localiza-se na freguesia de Colmeal da Torre, naquele concelho. Construído no século I, terá sido a parte central e melhor conservada de uma vila romana. Há várias teses sobre o seu uso, desde templo, a prisão ou albergaria, mas a sua verdadeira história continua em estudo. Com recurso a documentação diversa e a fotografias dos locais seleccionados, a exposição revela ainda os achados do Prazo (Foz Côa), Vale do Côa, Castelo de Longroiva (Mêda), Templo Romano da Civitas Aravorum (Mêda), Torre de Almofala (Figueira de Castelo Rodrigo) e Moreira de Rei (Trancoso). Para além das estações de Vilares (Trancoso), S. Gens (Celorico da Beira), Castelo Mendo (Almeida), Calçada dos Galhardos (Gouveia) e o Sabugal Velho (Sabugal). O mais representativo do distrito de Castelo Branco está no Templo Romano de N. Sra. das Cabeças (Covilhã), Torre dos Namorados (Fundão) e Idanha-a-Velha (Idanha-a-Nova), entre outros. “25 Sítios Arqueológicos da Beira Interior”, que já passou por 13 localidades da região desde Maio, tem a particularidade de revelar o trabalho de vários arqueólogos. Caso de António Sá Coixão, Ana Brígida Cruz, Manuel Sabino Perestrelo, Elisa Albuquerque, Maria do Céu Ferreira, António Carlos Valera, Vítor Pereira, Marcos Osório, Ana Bica Osório, João Lobão, António Marques, Dário Neves, Helena Frade, Pedro C. Carvalho, José Cristóvão e do Museu Arqueológico Municipal do Fundão.
