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«O Covilhã Downtown seria o melhor em Portugal se tivéssemos pilotos mundiais e prémios aliciantes»

Cara a Cara – Entrevista

P – Que balanço faz da segunda edição do Covilhã Downtown?

R – Acho que correu bastante bem. Duplicámos praticamente o número de participantes em relação ao ano passado, com 170 inscritos. Também houve bastante público nas zonas de espectáculo, o que deu um ambiente diferente à prova.

P – A integração no circuito nacional trouxe mais qualidade?

R – É, acima de tudo, o reconhecimento do trabalho feito no ano passado. Fomos convidados a integrar a prova no circuito nacional, o que não aconteceu com mais ninguém. Além disso, garantiu a presença de “riders” de topo na Covilhã.

P – O trajecto deste ano, apesar de mais curto, foi melhor?

R – A maioria dos pilotos gostou mais deste traçado. No ano passado tínhamos algumas zonas mortas, a pedal, que são sempre um pouco aborrecidas para quem está a concorrer. Desta vez o percurso era muito mais rápido e, por ser mais pequeno, permitiu a concentração das zonas de espectáculo. Foi uma aposta ganha, porque facilitou a deslocação do público por esses vários locais.

P – O Covilhã Downtown vai continuar?

R – Esperamos que sim. Não sabemos ainda se vamos integrar o circuito nacional porque, para o ano, será disputado, pela primeira vez, o campeonato e a Taça, mas a empresa que organizou este evento já manifestou interesse em fazer aqui a prova do Nacional. O que seria muito bom, já que, sendo uma prova única, o título disputar-se-ia na Covilhã.

P – Há possibilidade de alterarem o percurso consoante as edições?

R – Achamos que a Covilhã tem uma polivalência de percursos, pois é das cidades mais favoráveis para a prática desta modalidade. Em 2007 poderemos ter um percurso idêntico ao deste ano ou ter outro completamente diferente porque podemos escolher consoante a distância e as dificuldades. E isso é mais atractivo.

P – Um dos elementos da Estrela Radical disse, na apresentação do Covilhã Downtown, que a cidade era «a prova rainha do circuito nacional». Concorda?

R – Concordo. Os próprios participantes reconheceram que esta era, até agora, a melhor etapa do circuito nacional. Haverá mais três provas, mas creio que, neste momento, deixamos a parada muito alta. Trabalhámos afincadamente no percurso e tínhamos a experiência do ano passado, enquanto que nos outros locais será o primeiro ano e alguns ainda desconhecem como organizar as coisas.

P – O Covilhã Downtown poderá, algum dia, equiparar-se ao Lisboa Downtown?

R – Não é comparável porque na prova da capital estão presentes os melhores pilotos mundiais, que são convidados, e os prémios são mais aliciantes. No Lisboa Downtown, o primeiro classificado ganha cinco mil euros. Se pudéssemos convidar os pilotos mundiais e tivéssemos “prize money’s” semelhantes, atrever-me-ia a dizer que esta prova seria o melhor “downtown” em Portugal. Temos tido pilotos que participaram no Lisboa Downtown e eles próprios consideram que a nossa prova é melhor por ser mais equilibrada.

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