O Teatro O Bando apresenta, amanhã à noite, no TMG a sua versão de “Pedro e Inês”. Após o espetáculo, agendado para o pequeno auditório, o público poderá falar com o autor do texto e o elenco.
O ponto de partida desta produção foi o desafio lançado a Miguel Jesus para criar um texto inédito sobre uma das lendas mais românticas da cultura portuguesa. «Num registo dramático e realista que caminha progressivamente para o poético e para o metafórico, o texto atualiza esta temática conferindo-lhe um cariz intemporal que explora sobretudo as relações de culpa e de vingança que se estabelecem entre os vários personagens envolvidos no assassinato de Inês», refere a companhia. Posteriormente, O Bando convidou o encenador russo Anatoly Praudin, diretor do Experimental Stage of Baltic House (S. Petersburgo), de forma a que «a sua visão externa, profundamente influenciada pela tradição teatral russa, pudesse levantar novas inquietações sobre esta lenda e espalhar uma nova luz sobre este mito».
Tal como todo o espetáculo, a conceção visual e cenográfica não se baseia numa visão histórica ou de retrato medieval, mas antes numa visão que cruza vários elementos, modernos e ancestrais. «A máquina de cena presente torna-se assim num dispositivo onde os atores se movem e contagiam, se equilibram e se prendem», prossegue a produção. “Pedro e Inês” tem coordenação artística de João Brites e composição musical de Jorge Salgueiro, interpretada e gravada por um conjunto de 30 mulheres. Interpretam Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer. A peça é apresentada no âmbito da rede “5 Sentidos”.
