A nuvem do vulcão Grimsvotn vai espalhar-se, mas, nas próximas horas, não deverá atingir o continente europeu”, prevê o Instituto de Meteorologia.
A nuvem de cinzas na sequência da erupção do vulcão Grimsvotn (ver mapa) atinge uma altitude de 15 quilómetros mas está “circunscrita à Islândia” e distante da Península Ibérica, disse hoje à agência Lusa o meteorologista João Jacinto.
“De acordo com informação recolhida às 6h, o fumo causado pelas cinzas vulcânicas estende-se em altitude para valores que podem atingir os 15 quilómetros de altura, estando de momento circunscrito à Islândia e às zonas adjacentes”, explicou à Lusa João Jacinto.
Contudo, o meteorologista salientou que com a circulação dos ventos, a nuvem de fumo vai espalhar-se e nas “próximas horas prevê-se que descreva um arco em circunferência para nordeste e depois uma inflexão para sueste não atingindo o continente europeu”.
“De qualquer modo se continuar a existir emissão de cinzas é de esperar que com a circulação dos ventos possa chegar à costa norte da Rússia e costa noroeste das ilhas Britânicas de qualquer modo ainda bastante afastado da Península Ibérica ou do espaço aéreo controlado por Portugal”, frisou.
O vulcão islandês Grimsvotn, o mais ativo do país, entrou em erupção no domingo, mas os cientistas acreditam que não irá provocar o caos nos transportes aéreos tal como aconteceu em 2010 com as erupções do Eyjafjallajokul.
A Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol) referiu no domingo que a nuvem de cinzas na sequência da erupção do vulcão Grimsvotn não deverá afetar o resto do espaço aéreo europeu nem os voos transatlânticos.
Os responsáveis da Eurocontrol anunciaram, através da rede social Twitter, que o espaço aéreo islandês permanecerá fechado de forma temporária.
A Eurocontrol acrescentou que irá discutir o impacto da erupção do Grimsvotn e possíveis medidas para a gestão do tráfego aéreo em coordenação com os centros vulcânicos de Londres e Toulouse (França).
O encerramento do espaço aéreo islandês deverá continuar em vigor “pelo menos nas próximas horas”, precisou Hjordis Gudmundsdottir, citada pelas agências.