À semelhança do que acontece por todo o país nesta época estival, o Grupo Desportivo e Recreativo Sarzedense voltou a organizar, no último fim-de-semana, a segunda edição do festival Rock Sarzedo.
Além de animar as noites de Verão da freguesia, a mais pequena do concelho da Covilhã em termos populacionais, o evento pretende ainda divulgar os novos valores musicais da região. Ao todo estiveram em palco cinco bandas de géneros e estilos diferentes, do metal ao hip-hop, passando pelo pop/rock. No sábado, os Just, do Tortosendo, foram os primeiros a subir ao palco montado no campo de futebol da localidade, seguindo-se a banda de hip-hop albicastrense MC Crew. O metal fechou a noite ao som dos Painted Black (Tortosendo) e dos Spoken Rage (Covilhã). Já na véspera, e apesar de haver três bandas em cartaz, só os Izumi compareceram. «As outras bandas não tinham material adequado para tocar e por isso desistiram», adianta Carlos Costa, da organização, que reconhece que as condições do espaço «não são as melhores». Ainda assim, considera a iniciativa «louvável» para dinamizar a freguesia nesta época e dar a oportunidade a bandas «pouco conhecidas de mostrarem o seu trabalho». Este é, aliás, o «principal objectivo» do Rock Sarzedo, salienta, sublinhando de resto a falta de recursos financeiros para organizarem uma iniciativa semelhante ao Festival da Serra da Estrela, que decorreu pela primeira vez este ano em Valhelhas. «Queremos ter um crescimento gradual e não damos um passo maior que as pernas», explica, pois a aposta nestes primeiros anos é «não ter prejuízos» e animar a freguesia. De resto, as bandas são unânimes: «Devia haver mais iniciativas deste género», partilham os seus elementos, queixando-se da falta de apoios por parte das autarquias para realizarem eventos similares.
