Na terça-feira ainda não vigoravam as novas tabelas de preços das taxas moderadoras por internamento e cirurgia no Hospital Sousa Martins, na Guarda.
De acordo com a administração, esta situação deve-se à «não actualização do circuito informático», revela Fernando Girão, adiantando que, na passada sexta-feira, «foi contactado o IGIF – Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde, responsável pela sua actualização». Sem querer avançar com uma data, o director informa que «o carregamento do sistema pode acontecer a qualquer momento», sendo que, até lá, os serviços continuam a ser cobrados pela tabela antiga. Na prática, os internamentos, até um limite de 10 dias, passam a ser cobrados a cinco euros por dia e as cirurgias em ambulatório foram agravadas em 10 euros. O valor das restantes taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram igualmente actualizadas, acompanhando a inflação em 2006, cifrada em 2,3 por cento. Assim, as consultas, nos hospitais centrais e distritais, aumentam 10 cêntimos e 25 cêntimos nos atendimentos nas Urgências. Nos centros de saúde, as consultas estão agora cinco cêntimos mais caras, enquanto nos atendimentos de Urgência o aumento é de 10 cêntimos.
Em relação a outros serviços, as ressonâncias magnéticas sobem 60 cêntimos, as ecografias aumentam 10 cêntimos e a taxa moderadora do serviço domiciliário passa de 4,30 para 4,50 euros. Para os utentes isentos, as novas taxas moderadoras deverão ser gratuitas. Segundo uma portaria do Ministério da Saúde, publicada sexta-feira em “Diário da República”, as novas taxas entraram em vigor a partir de 1 de Abril, dois meses depois do previsto. Anunciadas há seis meses pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, estas tabelas deverão resultar num acréscimo de 1,5 milhões de euros para os cofres do SNS.
